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Auxílio Brasil, pandemia e crime marcam início de debate Lula x Bolsonaro

No primeiro encontro do segundo turno, candidatos defendem programas de renda de seus governos e chamam um ao outro de mentiroso e ligado a criminosos

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 out 2022, 18h05 - Publicado em 16 out 2022, 20h54

O investimento em programas de transferência de renda, a atuação do governo no combate à pandemia e a relação com o crime organizado deram o tom no início do debate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro na Band neste domingo, 16, o primeiro do segundo turno presidencial

Na primeira pergunta, sobre orçamento, feita aos dois candidatos, ambos focaram suas respostas nos programas sociais. Bolsonaro prometeu manter a despesa com o Auxílio Brasil como permanente e disse que toda a bancada do PT votou contra o valor de 600 reais “porque eles não têm qualquer preocupação com os mais pobres”. Criticou também o antecessor do programa, o Bolsa Família, que, segundo ele, pagava menos para os benefícios.

Lula rebateu dizendo que o governo queria dar um valor menor e que foi o Congresso quem fez o benefício chegar a 600 reais. O petista disse que o Bolsa Família foi o “maior programa de distribuição de renda que esse país já teve” e não foi o único a atender a população mais pobre durante o seu governo. Lula também prometeu fazer uma reforma tributária para taxar menos os mais pobres e cobrar dos mais ricos.

No início do embate direto entre os candidatos, com 15 minutos para cada um, Lula perguntou quantas universidades e escolas técnicas Bolsonaro havia feito no seu governo. Bolsonaro não respondeu, preferindo falar de outros assuntos como pandemia e Auxílio Brasil.

Pandemia

O debate sobre a pandemia de Covid-19 tomou boa parte do confronto direto entre Lula e Bolsonaro no primeiro bloco do debate. O tema se iniciou a partir do questionamento do petista, que comparou a proporção de mortos na pandemia do Brasil com as mortes no mundo para acusar o presidente de negligência. Também lembrou das vezes em que Bolsonaro “debochou das pessoas morrendo da falta de oxigênio”, dos episódios de corrupção na compra de vacina levantadas durante a CPI e chamou os ministros da Saúde bolsonaristas de despreparados.

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Em sua defesa, Bolsonaro disse que suas falas sobre a doença foram tiradas de contexto e que a CPI foi tocada por senadores “amigos” de Lula. Também argumentou que não havia vacinas sendo vendidas em 2020 (o que é mentira) e que não houve atraso na imunização no país. A troca de acusações chegou até o surto da gripo H1N1, em 2009, no momento em que o petista lembrou que seu governo vacinou 80 milhões de pessoas em três meses. Em comparação, Lula recordou que mais de 50 países do mundo iniciaram a vacinação contra Covid-19 antes do Brasil.

Crime organizado

Bolsonaro questionou Lula por que, enquanto presidente, ele não autorizou a transferência do líder do PCC, Marcos Herbas Camanho, o Marcola, para um presídio de segurança máxima na época em que Geraldo Alckmin, hoje seu vice, era governador de São Paulo. Bolsonaro falou, inclusive, num acordo entre o PT e Marcola e que o ex-presidente tem amizade com bandido. “Se Alckmin não fez, é porque ele não achou necessário”, rebateu o petista, que ainda lembrou que Bolsonaro não construiu nenhum presídio federal em seu governo.

O ex-capitão continuou explorando essa temática. Afirmou que Lula fez uma visita a uma favela do Rio de Janeiro e apontou para o fato de o petista não estar cercado por policiais. “Só tinha traficante. Tanto é verdade a sua afinidade com bandidos que, nos presídios do Brasil, a cada 5 votos, você teve 4. O Marcola foi flagrado falando isso”, disse Bolsonaro, citando uma fala descontextualizada sobre uma interceptação telefônica, cuja divulgação inclusive foi proibida pelo TSE.

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Lula, por sua vez, respondeu que tem orgulho de ter coragem de entrar em favela sem colete à prova de balas, costume que diz ter desde os tempos de Presidência. E aproveitou para dizer que Bolsonaro é amigo de miliciano. “Fui no Complexo do Alemão, onde fizemos uma passeata. Não tinha bandido. Tinham homens e mulheres que trabalham. Bandido você sabe onde está. Tinha um vizinho seu que tinha mais de 100 armas dentro de casa”, afirmou o ex-presidente.

 

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