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As descobertas do TCU sobre gastos com cartão corporativo no governo Bolsonaro

Foram pelo menos 41 milhões de reais por meio do expediente de pagamentos do governo federal entre 2019 e 2022

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 abr 2025, 10h36

O ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo gastaram pelo menos 41 milhões de reais por meio de cartões corporativos entre 2019 e 2022. As conclusões, a que VEJA teve acesso, integram um sistema de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a quem compete, por exemplo, zelar pelo desembolso correto do dinheiro público.

Acusado de tramar um golpe de Estado para anular o resultado das eleições presidenciais e permanecer no poder, o capitão reformado é alvo de pelo menos oito apurações no TCU abertas a partir de novembro de 2022, quando as urnas já haviam dado vitória a Lula. Incluem, por exemplo, levantamentos sobre os gastos com as extintas motociatas e despesas quando Bolsonaro e sua família viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, às vésperas da posse do petista e após o período em que, acusa o Ministério Público, o ex-presidente e militares graduados se reuniram para subverter a democracia brasileira.

O TCU ainda não se debruçou especificamente sobre o caso das motociatas e o da saída do então presidente do país no apagar das luzes do governo, mas já conseguiu rastrear em quê Bolsonaro e sua equipe gastaram exatos 41.182.928,68 de reais com o cartão de pagamentos do governo federal. Nas próximas fases da auditoria, a Corte de Contas vai investigar, por exemplo, se houve eventuais irregularidades nas despesas feitas no período em que o ex-mandatário concorria à reeleição.

Dos mais de 41 milhões de reais despendidos entre 2019 e 2022, o TCU concluiu que:

  • Hospedagem foi a rubrica com mais gastos pagos com cartão corporativo: R$ 17.262.969,50
  • Alimentação aparece na segunda colocação, com despesas de R$ 13.091.299,72 no período
  • Completam a lista de maiores dispêndios serviços de apoio administrativo, técnico e operacional (R$ 8.103.180,53), locação de bens móveis (R$ 1.061.470,30) e combustíveis e lubrificantes automotivos (R$ 713.151,45).
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O TCU também analisou gastos no período específico de agosto a outubro de 2022, quando Jair Bolsonaro tentava um segundo mandato e ampliou agendas políticas no país em busca de votos. Durante o período eleitoral, foram abertos 53 processos internos para o ressarcimento de 6,7 milhões de reais que, segundo a Presidência da República, estão relacionados ao transporte oficial do ex-presidente em atos de campanha. A cifra foi reembolsada aos cofres públicos pelo PL, partido do capitão.

Entre setembro e outubro de 2022, reta final da campanha que levaria o então mandatário a engrossar o discurso contra fraudes inexistentes nas urnas eletrônicas, a comitiva de apoio e a equipe de segurança de Bolsonaro tiveram o maior número de pessoas, informou o TCU. O auge ocorreu em setembro e outubro, com 1752 e 1849 pessoas, respectivamente. Entre agosto e novembro daquele ano, afirma a Corte de Contas, os gastos cartão corporativo na Secretaria de Administração da Presidência da República tiveram aumento de cerca de 45% despesas com alimentação, hospedagem e locação de bens em relação ao ano anterior.

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