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Aposentadoria de ministros entra no xadrez da sucessão na Câmara

Augusto Nardes e Aroldo Cedraz poderiam ser 'convencidos' a deixar o tribunal em movimento semelhante ao que aconteceu no governo Bolsonaro

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jul 2024, 20h37

No enrosco que se transformou a sucessão do deputado Arthur Lira (PP-AL), que prometeu anunciar em agosto seu candidato para sucedê-lo na Presidência da Câmara dos Deputados, uma nova moeda de troca tem sido costurada entre parlamentares para tentar demover aspirantes ao cargo de levar a campanha adiante.

Pelas negociações, conforme já mostrou a coluna Radar, dois ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) – Augusto Nardes e Aroldo Cedraz – poderiam ser “convencidos” a antecipar suas aposentadorias e ceder as vagas para a indicação da Câmara dos Deputados. Pelo plano, a ofensiva deve mirar primeiro o deputado e pré-candidato Marcos Pereira (Republicanos –SP).

Nardes, de 71 anos, chegou ao TCU em 2005 na esteira da eleição que colocou Severino Cavalcanti (PP-PE) no posto hoje ocupado por Lira. Cedraz, de 73, foi indicado no ano seguinte, também por escolha dos deputados. A aposentadoria é compulsória na Corte de Contas aos 75 anos.

Se confirmada, a antecipação do fim das carreiras dos dois ministros repetiria movimento recente no qual o então ministro Raimundo Carreiro decidiu deixar o TCU em troca de ser nomeado pelo governo de Jair Bolsonaro como embaixador do Brasil em Portugal. Em 2020, o atual ministro da Defesa José Múcio também antecipou a aposentadoria no TCU.

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Na época, a vaga de Múcio passou a ser discutida como uma potencial moeda de troca na tumultuada sucessão para a presidência da Câmara. Houve negociações para que o posto pudesse ser oferecido ao mesmo Marcos Pereira, vice-presidente da Casa, para abrir caminho para a vitória de Arthur Lira e para funcionar também como um aceno ao partido para que eventualmente abrigasse Bolsonaro nas eleições de 2022. Na época, Jorge Oliveira, ministro do governo Bolsonaro, acabou escolhido para ascender ao tribunal, e o ex-presidente se filiou ao PL para disputar a reeleição.

Hoje Marcos Pereira é mais uma vez pré-candidato à Presidência da Câmara e deve concorrer com os deputados Elmar Nascimento (União-BA), Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). A eleição acontece em fevereiro do ano que vem.

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