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Aporte da Petrobras e BNDES fora: o que Lula pensa sobre crise da Braskem

Presidente colocou frente a frente os desafetos Arthur Lira e Renan calheiros após o rompimento de uma mina em Maceió

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 dez 2023, 13h31 - Publicado em 19 dez 2023, 13h30

Foi tensa e permeada por interrupções mútuas a reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir com dois inimigos figadais – o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (Progressistas-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) – a crise provocada pelo rompimento de uma mina de exploração de sal-gema pela Braskem, em Maceió.

A ideia original era medir os riscos que a iminente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o desastre poderiam trazer para diferentes atores políticos, mas o presidente foi além e colocou sobre a mesa ideias capazes de alterar o rumo das empresas. A mais emblemática delas, ainda tratada no campo das possibilidades, é a de que a Petrobras eventualmente aumente sua participação acionária na Braskem se esse movimento facilitar uma eventual compra da petroquímica por grupos empresariais estrangeiros.

“A Petrobras é acionista e poderia aumentar a participação”, disse, sob a condição de anonimato, um dos presentes à reunião. Entre as propostas em aberto está a oferta da estatal de Abu Dhabi Adnoc por uma participação de 35,3% da fatia que a Novonor (ex-Odebrecht) tem na empresa. A Petrobras já divulgou comunicado em que afirma que avalia um eventual direito de preferência “na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na Braskem”.

Outro recado de Lula foi descartar por completo qualquer participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em um eventual financiamento a empresas nacionais que demonstrem interesse em comprar a Braskem. O argumento do presidente neste caso, ainda de acordo com um interlocutor presente ao encontro, é o de que o banco de fomento só poderia ser acionado se isso “gerasse emprego novo”, o que não é o caso. Além do fundo árabe, a J&F, holding que controla a JBS, também tem interesse no negócio.

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Na reunião, realizada na terça-feira 12, no Palácio do Planalto, o petista também rejeitou sugestões para que se fatie a Braskem, vendendo filiais no exterior, por exemplo. Contrário à existência da CPI no Congresso – participantes defenderam que as investigações ocorram na Câmara de Maceió, por exemplo, fora do controle dos Calheiros – e aos efeitos políticos que ela pode provocar, o presidente disse que todos deveriam procurar uma solução que não passasse pelo escrutínio de uma comissão de inquérito e afirmou que uma empresa externa deveria ser contratada para pôr fim a discussões sobre o tamanho real da área sob risco de colapso. A CPI, no entanto, foi oficialmente instalada no dia 13, e deve ser presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).

Entre os participantes do encontro estavam o ministro dos Transportes Renan Filho (MDB-AL), os senadores Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e Fernando Farias (MDB-AL), o prefeito de Maceió João Henrique Caldas, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), além de Renan e Lira. O clima foi tenso.

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