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Amoêdo não define apoio para o 2° turno: ‘Ainda é cedo’

Candidato derrotado do Novo elogiou propostas liberais de Paulo Guedes, mas apontou contradições de Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 out 2018, 09h20 - Publicado em 9 out 2018, 08h30

Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, do Partido Novo, estreante numa disputa presidencial, disse que o partido ainda decidirá sobre eventual apoio no segundo turno, mas afirmou que o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, tem ideias econômicas alinhadas às da legenda. Amoêdo ficou em quinto lugar na votação.

“A gente vai discutir bem isso (apoio no 2° turno). Estamos comemorando os resultados e estruturando a atuação dos parlamentares eleitos. O PT é muito desalinhado com o que o Novo pensa, mas gostaria de ouvir um pouco mais do outro candidato [Bolsonaro]. Nessas três semanas vamos conhecer um pouco mais as ideias e as pautas dos dois candidatos. Ainda é cedo para dizer”, disse Amoêdo, antes de apontar as diferenças entre Bolsonaro e o economista Paulo Guedes.

“Ele tem algumas ideias na parte econômica, vindo de seu assessor para essa área, o Paulo Guedes, que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica, privatização de estatais. Mas, de novo, o problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Ele, como deputado [Bolsonaro tem 28 anos de atuação parlamentar], nunca foi um grande defensor dessas pautas, olhando seu histórico de atuação”, afirmou o político do Novo.

Sobre a disputa entre Bolsonaro e Haddad, Amoêdo criticou os movimentos extremados de um e os casos de corrupção do partido do outro. “Tem posicionamentos dele [Bolsonaro] que nos parecem muito extremados. Por outro lado, o PT também promoveu uma corrupção na máquina pública que é inaceitável. Tem que pesar não só a pauta econômica, mas o procedimento, a veracidade, a disposição de colocar as pautas e a forma como vai ser dado o tratamento ao cidadão, à preservação das instituições”, afirmou.

Por fim, Amoêdo elogiou a participação do Novo em sua primeira eleição. “O balanço é muito positivo. O Novo existe há praticamente três anos desde sua data de registro e não tinha nenhum político em sua base partidária a não ser os vereadores eleitos em 2016. Tinha também pouca exposição na mídia, tempo de TV e, mesmo assim, termina com 20 deputados eleitos – 8 federais, 11 estaduais e 1 distrital. Eu terminei em quinto lugar e temos um candidato indo para o segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do país, o Romeu Zema, em Minas.” 

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