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Aliados evitam aderir à candidatura do governo Temer

Sem muito a oferecer na reta final do governo, presidente enfrenta dificuldade para convencer os partidos da base da adesão ao projeto eleitoral do MDB

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 16 abr 2018, 18h28 - Publicado em 16 abr 2018, 12h05

O presidente Michel Temer (MDB) não conseguiu usar a reforma ministerial para amarrar os partidos de sua base aliada ao projeto eleitoral do MDB. Fragilizado após a Operação Lava Jato atingir amigos próximos e trazer de volta o risco de uma terceira denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Temer preferiu manter no governo partidos que lançaram pré-candidatos ou que já anunciaram apoio a outros presidenciáveis.

Sem o compromisso da base e sem muito a oferecer na reta final do governo, o presidente deu início, nas últimas semanas, à ofensiva para tentar atrair esses partidos para a sua órbita eleitoral. O emedebista passou a reunir presidentes dessas legendas para conversas sobre as eleições e fez questão de prestigiar jantares partidários para comemorar a entrada de novos filiados.

Na terça-feira passada, dia 10, Temer chamou o presidente do PRB, o ex-ministro Marcos Pereira, para sondar a possibilidade de o partido apoiar o projeto do MDB, seja ele próprio o candidato ou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Não teve sucesso. O PRB manteve o comando do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mesmo após lançar o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, como pré-candidato à Presidência.

No mesmo dia, Temer participou de jantar do PR para saudar os novos deputados do partido. No encontro, cumprimentou os parlamentares um a um e discursou por 15 minutos, enaltecendo a aliança com a sigla, que ocupa o Ministério dos Transportes desde início do governo.

O PR passou a ser um dos partidos mais procurados por presidenciáveis após a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido anunciou que, caso o ex-presidente consiga uma liminar para ser candidato, a sigla estará junto com o petista no pleito.

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Na semana anterior, Temer já tinha participado de jantar na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). A legenda tem dado suporte à pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Enquanto a eleição não chega, Temer precisa de apoio da base aliada para aprovar matérias econômicas importantes no Congresso, entre elas, a privatização da Eletrobras e a reoperação da folha de pagamento. Enquanto isso, Meirelles deu início a uma agenda de viagens pelo país, para tentar emplacar sua pré-candidatura.

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