Aliado de Bolsonaro, Collor deve ficar sem mandato em 2023
Senador disputa o governo de Alagoas e faz campanha aberta para o presidente da República, mas amarga o quarto lugar nas pesquisas
No fim do mandato de senador, o ex-presidente Fernando Collor (PTB) arriscou nas eleições deste ano a disputa pelo governo de Alagoas. Com o slogan “Alagoas Verde e Amarelo”, tentando se aproximar de nichos bolsonaristas, como os caçadores e colecionadores de armas, e pedindo votos ao presidente, o candidato pelo PTB enfrenta resistência no estado e amarga o quarto lugar nas intenções de voto, de acordo com pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira (1º).
Collor entrou na corrida pelo governo de Alagoas porque só há uma vaga para o Senado neste ano. A cadeira, conforme as pesquisas, deve ficar com Renan Filho (MDB), que deixou o governo do estado em abril para tentar retornar ao Congresso e desde então é tido como favorito para a disputa.
No estado, Collor foi o único candidato a governador a declarar apoio à reeleição de Bolsonaro. O presidente, porém, não foi a Alagoas durante o primeiro turno e, portanto, em nenhum momento chegou a subir no palanque do aliado. Alagoas reúne 2,2 milhões de eleitores e, de acordo com o Ipec, 62% apoiam Lula (PT) na disputa pela Presidência da República.
Sete candidatos disputam o governo de Alagoas, e as eleições estão acirradas entre nomes ligados a dois importantes caciques do estado. Aliado de Renan Calheiros, Paulo Dantas (MDB) lidera a disputa, com 45% das intenções de voto, enquanto Rodrigo Cunha (União Brasil), o candidato do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem 23%. Em terceiro lugar está Rui Palmeira (PSD), com 16%, enquanto Collor, na sequência, está com 14% das intenções de voto.
O PTB investiu pouco mais de 700.000 reais para a candidatura de Collor, valor considerado baixo para quem tenta o governo – o limite de gastos é de até 7 milhões de reais no primeiro turno.
Confira a apuração do resultado das eleições 2022 aqui na Veja.