A medida defendida por Eduardo Bolsonaro que persiste mesmo após se tornar réu
O deputado federal vai ser julgado no STF por obstrução no processo da trama golpista
Mesmo depois de se tornar réu por obstrução de justiça, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insiste na tese de que as tarifas de 50% impostas pelos EUA só serão retiradas se o julgamento pela trama golpista – que condenou o pai a 27 anos de prisão, – for enterrado. Na última sexta-feira, 14, o governo Trump anunciou uma redução de 10% das taxas de café, carne e frutas para todos os países que foram impactados pela medida, numa tentativa de frear a inflação dos alimentos nos Estados Unidos.
O governo brasileiro comemorou, apesar de ainda ter mais 40% de taxa, diante de perspectivas de negociação. Eduardo, na contramão de tudo, como tem feito desde que se mudou para os EUA, se articulando contra o próprio país para salvar a pele de Bolsonaro, repetiu o discurso da perseguição política. Segundo o parlamentar, a redução de 10% não é uma conquista do Brasil, e sim, de todos os países afetados. Os 40% restantes, destacou nas redes, ainda dependem de algum tipo de acordo envolvendo anistia ao pai.
“Só que o Brasil, devido à ineficiência do Itamaraty, aos abusos de [Alexandre de] Moraes que, conforme está lá na carta do de Trump, persegue [Jair] Bolsonaro, familiares e apoiadores, interfere nas big techs e companhias americanas, e não teve uma eleição presidida, em 2022, com transparência, graças a esses pontos que estão na carta do Trump, o Brasil segue tendo a tarifa de 40%”.
Como se não bastasse o país pagar um imposto altíssimo dado a vários produtos, após seu trabalho de bastidor conspirando contra autoridades brasileiras, o parlamentar insiste nessa tese. O bolsonarismo se perdeu na pauta, ganhou só rejeição, como mostram as pesquisas em relação ao deputado e deu ainda fôlego ao presidente Lula. Isso porque o brasileiro entendeu o fato como uma afronta à soberania nacional, algo que virou suprapartidário. Onda que o PT surfou muito bem, se apropriando da ideia nacionalista tão predominante na direita. Ao que tudo indica, se continuar batendo nessa tecla, o clã Bolsonaro só vai angariar mais frustrações de eleitores moderados. Mas Eduardo parece ainda não ter percebido.
Enquanto isso, o pai tem amargado cada vez mais derrotas no Supremo Tribunal Federal. Nesta segunda-feira, 17, a Suprema Corte publicou a ata do julgamento negando os recursos feitos pelas defesas dos sete condenados por tentativa de golpe de estado.
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