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A gangorra dos ministros Fernando Haddad e Rui Costa

Titulares da Fazenda e da Casa Civil percorreram até agora trajetórias diferentes no governo

Por Daniel Pereira 17 jun 2023, 17h21

Dois dos ministros mais poderosos do governo Lula e considerados presidenciáveis dentro do PT, Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) trilharam até agora trajetórias inversas em Brasília, uma ascendente, outra descendente. Derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno em 2018, Haddad começou seu trabalho com dificuldades. 

Em uma de suas primeiras missões, quando havia dúvidas sobre a sua autonomia para definir os rumos da política econômica, ele fracassou na tentativa de reonerar os combustíveis, medida que só foi adotada meses depois. Na época, prevaleceu o entendimento de que a reoneração em janeiro teria impacto na inflação e prejudicaria a popularidade de Lula logo na largada. Haddad matou a derrota no peito e pouco a pouco foi ganhando terreno.

Na economia, ele conseguiu neutralizar falas intervencionistas e estatizantes de Lula e reverter expectativas ruins em indicadores como inflação, desempenho do PIB e juros. Atores importantes deixaram de lado o ceticismo e passaram a se referir a ele com elogios. O ministro também avançou algumas casas na política. Diante das críticas de parlamentares aos articuladores políticos do governo, ele assumiu a linha de frente das negociações para a aprovação do novo marco fiscal e da reforma tributária, projetos prioritários que agora parecem bem encaminhados.  

Rui Costa, o coordenador dos ministérios, tem colhido sucessivos desgastes. Ex-governador da Bahia, ele chegou a Brasília propagando a fama de tocador de obras, retratada no apelido de “Rui Correria”. Segundo o próprio Lula, seria a nova versão de Dilma, só que de calças. A falta de tato político parece ser parecida à da antecessora na Casa Civil. Em seis meses de governo, Costa se desgastou com colegas de ministério, que o acusam de ser um trator, e se tornou o principal desafeto do Centrão, que está cobrando caro para aderir a Lula 3.

Os líderes do bloco responsabilizam o chefe da Casa Civil pelo descumprimento de acordos políticos e, em conversas reservadas, referem-se a ele como “troglodita” e “desleal”. Arthur Lira chegou a sugerir a Lula que o demitisse da Casa Civil. Nada feito. Fritado em público, Rui Costa decidiu tentar desanuviar o ambiente. Nos últimos dias, reuniu-se com Lira e outro dos principais expoentes do Centrão, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil), seu adversário político na Bahia. Contestado, o capitão do time está atrás de um armistício.

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