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A disputa pelo espólio do sobrenome Bolsonaro

Potenciais candidatos que carreguem o nome da família têm cerca de 20% das intenções de voto na corrida presidencial de 2026

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 ago 2025, 10h04

Com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em contagem regressiva, a disputa pelo provável espólio político do capitão — inelegível desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que ele utilizou um evento com embaixadores para desqualificar as urnas eletrônicas — deve ganhar força com a disputa interna para se decidir quem será o escolhido para empunhar a bandeira do bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2026.

Pesquisas de opinião indicam que a simples adoção do sobrenome Bolsonaro – seja pelo deputado Eduardo, pelo senador Flávio ou pela ex-primeira-dama Michelle – garante a cada um deles algo como 20% das intenções de voto e atua como uma espécie de barreira de contenção contra outros nomes da direita que hoje tentam se viabilizar, como os governadores de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) ou de Minas Gerais Romeu Zema (Novo).

A preço de hoje, a força do sobrenome também garante de imediato protagonismo na corrida eleitoral possivelmente contra o presidente Lula, que já anunciou ter planos de concorrer à reeleição, e influência em candidaturas de deputados e senadores, consideradas cruciais para garantir força financeira e ideológica para o bolsonarismo.

É com a formação da bancada de deputados federais, por exemplo, que se calculam os milionários valores do fundo partidário. A partir do número de senadores, por sua vez, próceres da direita pretendem ter força política para fazer ir adiante o inédito processo de impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (leia-se Alexandre de Moraes).

O presidente do PL Valdemar Costa Neto não esconde de ninguém que, entre os nomes do clã Bolsonaro, tem maior simpatia por Michelle como presidenciável no próximo ano. “Minha intensa agenda de viagens pelo Brasil é parte do compromisso que assumi em construir o PL Mulher em todo o Brasil e eleger o maior número possível de mandatárias”, despistou a ex-primeira-dama recentemente sobre a candidatura em uma postagem em rede social.

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Autoexilado nos Estados Unidos desde o início do ano, Eduardo Bolsonaro passou a ser investigado em um inquérito no Supremo como principal porta-voz da família em negociações para propor sanções a um país inteiro em troca de livrar o pai da forca. Por estar sob risco de ser preso caso volte ao Brasil, dificilmente teria caminho livre para disputar as eleições de 2026, quando Flávio deve buscar uma bola de segurança e mirar a reeleição para o Senado.

Entre bolsonaristas também há a convicção de que o patriarca Jair repetirá a fórmula adotada por Lula nas eleições de 2018 e lançará seu nome nas urnas mesmo impedido legalmente de ser diplomado. Inelegível, Bolsonaro poderia colocar um dos familiares como vice e, assim como fez o petista, substitui-lo às vésperas do primeiro turno. Como fator extra, a esta altura ele muito provavelmente estará condenado e preso por ordem do STF sob a acusação de ter liderado uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

“A perspectiva de prisão pode fazer Bolsonaro compreender que é preciso a organização do campo da direita e da centro-direita em torno de um nome viável, como também pode fazer com que ele vá para o outro extremo, insistir até o fim e ao 45 do segundo tempo e colocar o Eduardo ou a Michelle”, avalia, sob reserva, um cacique da direita.

Seja quem for o candidato, dificilmente ele prescindirá do apoio de Jair Bolsonaro. Preso ou não, o ex-presidente e seu sobrenome ainda são um senhor cabo eleitoral no próximo ano.

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