A conta chegou para Eduardo Bolsonaro: o que acontecerá depois do julgamento no STF
Robson Bonin analisa no Os Três Poderes como o caso que envolve a atuação do deputado nos EUA pode avançar para um processo criminal no Supremo
No programa Os Três Poderes desta sexta, 14, o colunista Robson Bonin resumiu de forma direta o que, para ele, já era previsível: o julgamento que envolve Eduardo Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal não reserva reviravoltas dramáticas. “É cumprir tabela”, disse, ao comentar o início da análise do caso, que começou com o voto do ministro Alexandre de Moraes e teve maioria formada no fim da tarde.
O deputado é acusado de tentar coagir ministros do STF e interferir no julgamento do pai, Jair Bolsonaro, durante o processo que apura a trama golpista. Segundo Bonin, o próprio parlamentar criou um acervo contra si.
Provas produzidas pelo próprio réu
Bonin lembrou que a acusação não depende de testemunhos raros ou investigações complexas. As evidências — vídeos, postagens, discursos e declarações — foram produzidas pelo próprio Eduardo Bolsonaro em sua atuação pública, especialmente durante a ofensiva que fez nos Estados Unidos para tentar pressionar autoridades americanas a se posicionarem contra o Supremo.
“Ele confessa todos os dias nas redes sociais”, afirmou o colunista. A PGR reuniu esse material para denunciar o deputado, e o STF agora analisa se a acusação se sustenta a ponto de abrir processo formal.
A etapa que pode levar à condenação
Bonin frisou que esta fase não envolve julgamento de mérito, mas sim a verificação de que há indícios suficientes para transformar a denúncia em ação penal. Com o STF aceitando o mérito, Eduardo Bolsonaro passa à condição de réu — passo inicial de um caminho que pode resultar em condenação e, dependendo da pena, prisão.
O colunista destacou que não há excepcionalidade no rito: “Todo brasileiro tem o direito de se defender, e o processo tem etapas a serem cumpridas”, disse. O Supremo, segundo ele, está apenas seguindo o procedimento previsto na Constituição.
O efeito colateral do “tarifaço”
Marcela Rahal lembrou que a crise ganhou outra dimensão após o chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, medida que o governo americano atribuiu ao clima de instabilidade política provocado por bolsonaristas. Para Bonin, trata-se de um dos exemplos de como a ofensiva internacional promovida por Eduardo Bolsonaro trouxe “atos ruins para o país” — não apenas para o governo ou para o STF.
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