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Aplicativos para celular e tablet animam mercado bilionário

Programas caem no gosto dos usuários e oferecem oportunidades de trabalho a desenvolvedores novatos

Por Da Redação
3 jun 2011, 23h41

Aplicativos são um conceito relativamente novo na vida da grande maioria das pessoas. No entanto, eles se impuseram de tal forma em smartphones e tablets que parece impossível imaginar nosso cotidiano sem um desses programinhas que misturam diversão e serviços. Um celular sem Angry Birds ou um guia de cinema? Melhor trocar de máquina. Não é à toa, portanto, que os aplicativos estão construindo um mercado gigantesco dentro do setor de comunicação móvel. Em 2011, eles devem deve movimentar 6,8 bilhões de dólares e, até 2015, bater em cifras astronômicas que variam entre 25 bilhões e 38 bilhões de dólares, variando conforme estimativas de consultorias internacionais como MarketsandMarkets e Forrester Research, respectivamente. No Brasil, no ano passado, o bolo chegou a 50 milhões de reais. Uma vez que a penetração de tablets e smartphones tende a crescer, o segmento vai fazer ainda mais barulho, exatemente como os pássaros irascíveis de Angry Birds.

O ascendente mercado acena com oportunidades a quem se interessar por ele. E o mais interessante é que o aspirante a desenvolvedor de aplicativos não precisa necessariamente estar ligado à área de tecnologia – embora, em geral, esses profissionais saiam na frente. Basta possuir noções básicas do negócio para começar a flertar com a profissão. Para auxiliar na tarefa, as empresas proprietárias das plataformas onde os aplicativos rodam – especialmente iOS, da Apple, e Android, do Google – disponibilizam kits com “ferramentas” para a construção dos programas, além guias que apresentam as diretrizes do trabalho e modelos de programas que podem ser copiados à vontade na criação de novas atrações.

“A Apple tem um material bem didático à disposição dos interessados que queiram se lançar nesse mercado. Conheço vários desenvolvedores de sucesso que começaram ali, sem sequer saber programar”, diz Breno Masi, diretor de marketing e produtos da Agência Fingertips, uma das empresas pioneiras na criação de aplicativos no país e que deve faturar 10 milhões de reais neste ano. Com tamanha experiência acumulada, Masi aconselha: “O que de fato é essencial nessa área é dedicação total.” Continue a ler a reportagem

Confira no infográfico a seguir: conhecimentos e ferramentas necessários à produção de aplicativos e passo a passo para a produção dos programas

Aplicativos
Aplicativos (VEJA)
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Conhecimento específico pode ser prescindível no início. Mas não é para o desenvolvimento na área. Por isso, Ana Luisa Santos, sócia da agência mob376, outra produtora de aplicativos, incentiva os candidatos a buscar especialização. “Conhecimentos parcos em programação levam à criação de aplicativos feitos com códigos confusos e improvisados”, diz Ana Luisa. “Isso impede o desenvolvimento de atrações de nível superior, aquelas que de fato se tornam sucesso no gênero.”

Para começar, certos detalhes devem ser observados, como a plataforma escolhida para iniciar o projeto. Existem vários sistemas operacionais presentes no mercado, mas apenas dois conseguem chamar a atenção dos desenvolvedores e de seu público: o iOS 4, que dá vida a iPods, iPads e iPhones, e o Android, do Google, presente em aparelhos de diversos fabricantes. Juntos, eles reúnem em suas lojas virtuais cerca de 850.000 aplicativos, como jogos, ferramentas de trabalho e serviços de entretenimento.

Embora ambos os sistemas sejam gigantes e promissores, há diferenças que devem ser levadas em conta no momento da escolha. A plataforma Android já ultrapassou a iOS 4 em número de celulares ativos no mundo – ou seja: os desenvolvedores que criarem produtos para o sistema têm mais clientes potenciais. A despeito disso, o sistema da Apple oferece um número maior de aplicativos atualmente: são 500.000 ante 350.000. “Historicamente, os usuários da Apple estão mais inclinados a comprar aplicativos, uma vez que a loja do Google oferece muitos itens gratuitos”, afirma o Yuri Ramos, um dos fundadores da mob376.

Por ora, produzir programas para a plataforma da Apple segue como a opção mais lucrativa. Isso porque o Android sofre com a existência de várias versões de sistema e dispositivos em tamanhos e formatos diferentes. “Essa fragmentação é um desestímulo ao desenvolvedor, que presica gastar mais tempo adaptando sua criação para, no mínimo, três versões de sistemas operacionais”, afirma Masi. Em muitos casos, o esforço só vale a pena quando alguém faz o pagamento adiantado pelo serviço.

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Produzir um aplicativo sob encomenda é, aliás, uma tendência crescente dentro desse segmento. “No fim dos anos 90, era impossível encontrar uma empresa sem website. Agora, a corrida é pelos aplicativos: as companhias querem usá-los para se aproximar de seus consumidores nos dispositivos móveis”, diz Ana Luisa. “Programas que reproduzam o conteúdo de sites, voltados ao público externo, e ferramentas de trabalho, para os funcionários, estão entre os aplicativos mais procurados no mundo corporativo.”

Após a escolha do sistema, aqueles que optarem pela produção independente podem começar a fazer dinheiro na área. Apesar dos 99 dólares de taxa cobrados anualmente pelas empresas responsáveis pelas plataformas, e dos 30% de participação em cima de cada programa vendido, existem empreendedores lucrando entre 7.000 e 9.000 dólares por mês. Tudo depende, é claro, da popularidade do aplicativo. Vale lembrar: 70% dos programas pagos disponíveis nas lojas custam 0,99 dólares. Ou seja, é preciso ser popular a ponto de dar escala ao negócio.

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