Restos mortais são encontrados no casco do Costa Concordia
Testes devem confirmar se restos pertencem a duas vítimas que desapareceram à época do naufrágio
Por Da Redação
26 set 2013, 11h23
Restos humanos foram encontrados nesta quinta-feira no Costa Concordia (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
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Mergulhadores encontraram nesta quinta-feira restos mortais no interior do casco do transatlântico Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012, matando 32 pessoas. Nas semanas seguintes à tragédia, trinta corpos foram resgatados do mar. Exames de DNA vão confirmar, portanto, se os restos localizados nesta quinta pertencem às vítimas desaparecidas, o garçom indiano Russell Rebello, que trabalhava no navio, e a passageira italiana Maria Grazia Trecarichi.
O anúncio da descoberta foi feito pela Defesa Civil Italiana, segundo a rede americana CNN. Os corpos encontrados na parte central da embarcação. As buscas pelas vítimas desaparecidas foram retomadas na semana passada, após o navio ser desvirado em uma gigantesca operação de engenharia.
Acidente – O naufrágio ocorreu na noite de 13 de janeiro de 2012. Após se chocar contra rochas ao longo da ilha Giglio, no Oeste da Itália, a embarcação de 114 500 toneladas, 57 metros de altura e 290 metros de comprimento virou e afundou.
O capitão do navio, Francesco Schettino, foi apontado como um dos principais responsáveis pelo acidente. Ele está sendo julgado por uma corte italiana. Além de ser acusado de aproximar demais o transatlântico da costa, provocando o choque, o capitão ainda deixou o local antes que todos os tripulantes e passageiros fossem salvos.
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Um áudio em que o comandante Gregorio Maria De Falco, da Capitania dos Portos de Livorno, ordena a Schettino que volte ao navio e informe quantas pessoas precisam de resgate foi divulgado dias depois do desastre. Schettino tenta se esquivar e irrita a autoridade marítima. “Você está se recusando?”, pergunta De Falco. “Volte a bordo, c***!!”
Após a divulgação, a frase passou a estampar camisetas e uma série de quinquilharias na Itália.
Apelidado pela imprensa italiana de “capitão covarde” ou “o homem mais odiado” do país, Schettino enfrenta múltiplas acusações, dentre as quais homicídio culposo múltiplo, abandono de navio, naufrágio, omissão de socorro e danos ao meio ambiente. Até o momento, cinco pessoas foram condenadas, sendo quatro tripulantes e o diretor da empresa proprietária da embarcação.
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As penas variam de dois anos e dez meses a um ano e meio de prisão. No entanto, nenhum dos condenados foi preso, pois as penas inferiores a dois anos de prisão foram suspensas. No caso das mais longas, cabe apelação, com a possibilidade de serem substituídas por serviços comunitários.
1/21 Na Itália, os restos do navio Costa Concordia, naufragado em 2012, são retirados do mar, em frente ao porto de Isola del Giglio, região central do país (Tiziana Fabi/AFP/VEJA)
2/21 Navios iniciaram o reboque do Costa Concordia até o porto de Gênova (Italian Civil Protection/Handout via Reuters/Reuters/Reuters)
3/21 O cruzeiro Costa Concordia é visto durante a operação de desencalhe no porto de Giglio, na Itália (Alessandro Bianchi/Reuters/Reuters)
4/21 Restos do navio de cruzeiro Costa Concordia, são vistos do porto de Giglio, na Itália. o acidente ocorrido em 2012 deixou 32 mortos (Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA)
5/21 Turistas fotografam os restos do navio naufragado Costa Concordia, próximo a Ilha de Giglio, região central da Itália (Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA)
6/21 O navio de cruzeiro Costa Concordia é fotografado por turista durante operação de desencalhe, em Giglio, na Itália. Segundo informaram as autoridades, os restos da embarcação estão quase prontos para serem rebocados para longe da ilha italiana, onde atingiu uma rocha e naufragou dois anos e meio atrás, matando 32 pessoas (Giampiero Sposito/Reuters/VEJA)
7/21 Imagens subaquáticas do navio naufragado Costa Concordia (Reprodução/VEJA)
8/21 Capitão do Costa Concordia Francesco Schettino chega para uma entrevista antes de embarcar pela primeira vez no navio após o naufrágio em 2012 na costa da ilha Giglio, na Itália (Andrew Medichini/AP/VEJA)
9/21 Capitão do Costa Concordia Francesco Schettino, embarca pela primeira vez no navio após o naufrágio em 2012, junto com oficiais de justiça, na costa da ilha Giglio, na Itália (Claudio Giovannini/EFE/VEJA)
10/21 O capitão Francesco Schettino (esq) acompanha vistoria no Costa Concordia dois anos depois do naufrágio que deixou 32 mortos (Andrew Medichini/AP/VEJA)
11/21 Navio Costa Concordia naufragado em 2012, na costa da ilha Giglio, na Itália (Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA)
12/21 O navio Costa Concordia, após a operação que endireitou a embarcação (Tony Gentile / Reuters/VEJA)
13/21 Operação para desencalhar o cruzeiro Costa Concordia vai durar a noite inteira, segundo Franco Gabrielli, da Defesa Civil (Tony Gentile/Reuters/VEJA)
14/21 Transatlântico Costa Concordia começa a naufragar, em frente à ilha de Giglio, na Itália- 14/01/2012 (Giorgio Fanciull/Giglionews.it/Reuters/VEJA)
15/21 Navio Costa Concordia fazia um cruzeiro pelo mar Meditarrâneo (Giorgio Fanciulli/AP/VEJA)
16/21 O navio Costa Concordia encalhou e tombou próximo à ilha de Giglio, na Itália (Enzo Russo/Reuters/VEJA)
17/21 Passageiros receberam cobertores na ilha de Giglio após serem resgatados (Filippo Monteforte/AFP/VEJA)
18/21 Homem fotografa o transatlântico Costa Concordia, durante o naufrágio na ilha de Giglio, na Itália - 14/01/2012 (Reuters/VEJA)
19/21 Mulher observa o transatlântico Costa Concordia, durante o naufrágio na ilha de Giglio, na Itália - 14/01/2012 (Reuters/VEJA)
20/21 Vista geral do transatlântico Costa Concordia, durante o naufrágio na ilha de Giglio, na Itália - 14/01/2012 (Remo Casilli/Reuters/VEJA)
21/21 Vista geral do transatlântico Costa Concordia, durante o naufrágio na ilha de Giglio, na Itália - 14/01/2012 (Remo Casilli/Reuters/VEJA)
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