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Festival de carne canina na China enfrenta pressão no próprio país

O evento comemora a chegada do solstício de verão e, segundo a tradição, o prato principal é feito com carne de cachorro

Por Da Redação
22 jun 2015, 15h35

Além das tradicionais críticas internacionais, o festival de carne canina de Yulin vem enfrentando uma onda de reprovação entre a própria população chinesa. A festividade, que marca o solstício de verão (no hemisfério norte), começou no último domingo, e as estimativas são que só nesse ano 10.000 cachorros sejam abatidos. A carne de cachorro é considerada uma iguaria em algumas regiões da China há séculos, porém com a popularização da adoção de cães para animais de estimação, principalmente pela classe média, a prática tem recebido muitas críticas dentro do país. Nas redes sociais, milhares de usuários chineses protestam contra o sofrimento imposto aos cães.

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Preocupado com a má publicidade, o governo da cidade de Yulin, sudoeste da China, se distanciou do festival, que acontece desde 1995. No início do mês, a prefeitura anunciou que não existe nenhuma festividade oficial e que esse costume se espalhou somente entre comerciantes e locais. “Nem o governo de Yulin nem nenhuma entidade social nunca organizaram festivais de solstício de verão ou de carne canina”, informa a declaração oficial difundida pela imprensa estatal.

Os moradores da cidade afirmam que festival e a prática de comer carne de cachorro são tradições locais e garantem que os bichos não são sacrificados de forma cruel. No entanto, ativistas atestam que os cachorros são muitas vezes transportados em péssimas condições, sofrem maus-tratos e que muitos animais domésticos são roubados para o festival. Fotos que circulam pela internet mostram centenas de cães apertados em pequenas jaulas, e corpos de animais mortos espalhados pelas calçadas.

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Alguns ativistas viajaram para Yulin em uma tentativa de impedir os abates. Segundo o jornal The Guardian, uma amante dos animais chegou a comprar 100 cachorros dos comerciantes. Yang Xiaoyun viajou da cidade de Tianjin, norte do país, até Yulin e comprou os cachorros por 7.000 yuan, algo em torno de 3.500 reais. No ano passado, Yang comprou 360 cães. “Comer carne de cachorro é um costume local. Eu não quero mudar isso, eu só desejo influenciá-los com o que estou fazendo”, contou a mulher, segundo o site Fa Zhi Wan Bao.

Pessoas comem em um restaurante de carne de cachorro durante festival em Yulin
Pessoas comem em um restaurante de carne de cachorro durante festival em Yulin (VEJA)

(Da redação)

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