Cerca de 25% dos sobreviventes do Holocausto vivem na pobreza

Pesquisa feita pela Fundação Israelense de Assistência Social revela que ainda existem no país 189.000 pessoas que sobreviveram ao Holocausto. Média de idade é 85 anos

Por Da Redação
14 abr 2015, 07h55

Judeus em campo de concentração durante o holocausto (Getty Images/VEJA)

Cerca de 25% dos sobreviventes do Holocausto em Israel vivem na pobreza, além de não terem acesso a remédios e serviços médicos, revela um relatório divulgado nesta terça-feira, às vésperas da jornada em lembrança das vítimas do nazismo. O documento, produzido pela Fundação Israelense de Assistência Social, revela que residem em Israel 189.000 pessoas que sobreviveram ao massacre de judeus comandado por Adolf Hitler, 14.000 menos do que no ano passado devido ao alto índice de mortes entre uma população que hoje é idosa.

Do total, 45.000 vivem na pobreza apesar das recentes políticas sociais implantadas pelo governo israelense para melhorar suas condições de vida. Israel relembra o Dia do Holocausto na próxima quinta-feira com um dia de feriado nacional para guardar luto em respeito aos mortos durante a II Guerra Mundial. Também estão previstas cerimônias no memorial Yad Vashem de Jesuralém.

Israel decide liberar impostos retidos dos palestinos

Continua após a publicidade

Sara Netanyahu bebe três garrafas de espumante por dia, diz ex-segurança

A jornada vem precedida por atividades especiais de estudo em centros educativos, onde se registrou uma forte queda no interesse dos adolescentes pelo triste episódio da história dos judeus na Europa. O relatório acrescenta que a cada dia morrem 40 sobreviventes, o que representa 1.000 mortes ao mês, dado que a idade média do grupo é de 85 anos. Em Israel, vivem 100.000 sobreviventes diretos de guetos e campos de concentração nazista.

Há exatamente um ano teve início um plano nacional para ajudar os sobreviventes, uma iniciativa sem precedentes que o governo israelense anunciou com estardalhaço o investimento de 250 milhões de dólares (750 milhões de reais) ao longo de cinco anos. No entanto, a imprensa local destaca que a situação de muitos sobreviventes não melhorou. Um dos maiores problemas dessa parcela da população está justamente na dificuldade de receber os auxílios governamentais por impedimentos burocráticos.

(Da redação)