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Morre a atriz Yoná Magalhães, aos 80 anos

Carioca estava internada desde 18 de setembro no Rio de Janeiro

Por Da Redação
20 out 2015, 10h29

Morreu na manhã desta terça-feira, aos 80 anos, a atriz Yoná Magalhães. Ela estava internada desde 18 de setembro na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Rio de Janeiro, por problemas do coração. A morte, de causa ainda não divulgada, foi anunciada pela apresentadora Fátima Bernardes ao vivo, na Rede Globo. Fátima chegou a ficar um pouco desconcertada no ar.

Nascida Yoná Magalhães Gonçalves no dia 7 de agosto de 1935, em Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro, a atriz costumava contar que havia começado carreira por acaso, para ajudar o pai, que estava desempregado, no começo dos anos 1950. “Eu tinha que ajudar de alguma maneira, não sabia muito como, queria continuar os meus estudos. Gostava de brincar de teatro, essas coisas que todo mundo faz. Então, fui fazendo pequenas pontas, pequenos papéis, até que consegui um contrato com a Rádio Tupi”, contou ela ao site Memória Globo, da Rede Globo, onde estrelaria diversas novelas importantes, como Roque Santeiro (1985-86), Tieta do Agreste (1989-90), A Próxima Vítima (1995) e Senhora do Destino (2004). Seu último folhetim foi Sangue Bom, em 2013.

Da rádio, Yoná passou à TV Tupi, onde participou de novelas e do Grande Teatro da TV Tupi. Mas nunca se restringiu à televisão. No começo dos anos 1960, viajou pelo país com a companhia de teatro de André Villon e Ciro Costa e as peças O Amor É Rosa Bombom e Society em Baby-Doll (1962), e estrelou o clássico do Cinema Novo Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha.

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Gravou o filme durante a sua temporada na Bahia, para onde se mudou depois de se casar com o produtor Luis Augusto Mendes, que conheceu na turnê teatral. Em Salvador, também atuou no grupo A Barca, formado por ex-alunos da Escola de Teatro, do Grande Teatro, na TV Itapoã, sob a direção de Luiz Carlos Maciel. Deus e o Diabo foi praticamente um acaso na sua carreira. “Eu não estava engajada em nada, eu não consegui perceber a grandeza daquela obra, não consegui perceber o significado. Também ninguém esperava que fosse o que foi”, admitiu. Voltou ao Rio em 1964, onde chegou a montar uma companhia própria de teatro, com a qual fez a montagem de O Pecado Imortal e Os Inimigos Não Mandam Flores, de Pedro Bloch.

Já no ano seguinte, ingressaria na recém-criada Globo. Na emissora, em uma primeira fase, ficaria até 1971, quando voltaria para a Tupi com Carlos Alberto, ator com quem formou o primeiro casal de sucesso da teledramaturgia global, para estrelar Simplesmente Maria (galeria acima), sob a direção de outro nome forte da TV: Walter Avancini. Na primeira etapa na Globo, participaria de tramas como Eu Compro Esta Mulher (1966), de Glória Magadan, que protagonizou ao lado de Carlos Alberto, O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebecca (1967) e A Gata de Vison (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira.

https://youtube.com/watch?v=qqXcXrNsuN0

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De novo na Globo em 1972, fez Uma Rosa com Amor, de Vicente Sesso, em que formava um triângulo amoroso com Marília Pêra e Paulo Goulart, também já falecido. No ano seguinte, compôs elenco com Tarcísio Meira, Glória Menezes e Francisco Cuoco em O Semideus, de Janete Clair, sob a direção de Daniel Filho e Walter Avancini. Em 1977, faria Espelho Mágico, de Lauro César Muniz, dramaturgo que está voltando à Globo.

Nos anos 1980, depois de uma nova passagem pela Tupi, onde fez a novela novela Gaivotas (1979), de Jorge Andrade, e de uma estadia na Band, onde atuou nos folhetins Cavalo Amarelo (1980), de Ivani Ribeiro, Os Imigrantes (1981), de Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e Renata Palottini, e Maçã do Amor (1983), de Wilson Aguiar Filho, viveria o seu auge na Globo. A ótima fase começaria em 1984, com Amor com Amor se Paga, de Ivani Ribeiro. E seguiria em 1985, com Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Nela, interpretou a Matilde, dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira).

Foi Roquei Santeiro que rendeu à atriz um convite para posar para a Playboy. “Eu falava: ‘Pô, não podia também cantar um pouco? Eu danço um bocadinho…’. E aí começou aquela coisa: ‘Ih, a Yoná, olha a Yoná está de malha, olha a perna!’. Enfim, aconteceu o nunca esperado por ninguém, nem por mim, que foi o convite da Playboy para fotografar. Foi uma coisa espantosa para as pessoas, mas eu já sabia que eu tinha perna há muito tempo”, contou ao site Memória Globo.

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Na emissora carioca, ainda participaria de diversas novelas e minisséries, como Grande Sertão: Veredas (1985), adaptada da obra de Guimarães Rosa por Walter George Durst, e Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados (1995), adaptada da obra de Nelson Rodrigues por Leopoldo Serran, além dos seriados Carga Pesada e Tapas & Beijos.

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