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Sistema financeiro tem regulação rigorosa, diz Tombini

Para presidente do Banco Central, o Brasil não terá grande impacto com o fim dos estímulos dos Estados Unidos

Por Da Redação
9 ago 2013, 11h36

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira, em São Paulo, que “há muito tempo, o Brasil já dispõe de regulação e supervisão mais rigorosas que a maiorias das economias avançadas”, e que o sistema financeiro já está bem próximo das exigências de Basileia 3, novas regras de regulação do sistema financeiro. O presidente disse também que o país não terá dificuldades com a diminuição de liquidez nos mercados, após fim dos estímulos econômicos dos Estados Unidos.

Tombini fez os comentários na abertura do “VIII Seminário Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária”, realizado pela autoridade monetária.

Sobre o fim dos estímulos econômicos dos Estados Unidos, cujo Banco Central, o Federal Reserve (Fed), injeta 85 bilhões de dólares mensais por meio da compra de ativos financeiros, Tombini disse que os atuais níveis de liquidez tendem a desaparecer em algum momento. “Há claros sinais de que o processo de normalização das condições monetárias nos Estados Unidos já se iniciou”, destacou.

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“Nesse contexto, manter o sistema financeiro sólido, bem capitalizado, com elevados níveis de liquidez e de provisionamento e sem vulnerabilidades aparentes, como é o caso do Sistema Financeiro Nacional, é condição essencial para enfrentarmos volatilidade nos mercados internacionais que eventualmente surjam no curso da normalização das condições monetárias de economias avançadas”, destacou.

Fluxo de capital – O presidente do BC disse que o “fluxo de capital volátil para o Brasil” se moderou, mesmo diante de uma ampla liquidez internacional. “As medidas macroprudenciais contribuíram para manter o bom funcionamento dos nossos mercados em um ambiente de expansão da liquidez internacional e de intenso fluxo de capitais, principalmente para as economias emergentes”, destacou. Tombini também ressaltou que os prazos dos capitais que ingressam no país aumentaram e “a natureza do capital melhorou de qualidade”, sendo formado “já há algum tempo, majoritariamente, de investimento estrangeiro direto.”

Basileia 3 – Sobre a implementação do Acordo de Basileia 3, que tem como objetivo aumentar a segurança do sistema financeiro, Tombini disse que a implementação terá início no dia 1.º de outubro deste ano, seguindo o cronograma internacional, com conclusão prevista para 1º de janeiro de 2022.

“O Sistema Financeiro Nacional como um todo não necessitará de capital adicional para cumprir Basileia 3, e a sua adoção no Brasil terá impacto neutro sobre a expansão da oferta do crédito”, comentou Tombini sobre a implementação do acordo.

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Para o presidente da autoridade monetária, Basileia 3 representa a principal resposta regulatória internacional à crise financeira de 2008 e tem por objetivo central fornecer uma base de capital mais robusta para a expansão sustentável do crédito, aumentar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques e reduzir o risco de contágio do setor financeiro sobre o setor real da economia.

“É um acordo técnico complexo, mas, no fundo, inspira-se no bom senso: qualquer banco para ser seguro para os seus clientes (famílias e empresas) precisa ter capital, provisões e liquidez suficientes para enfrentar situações de crise sem necessidade de ser resgatado pelo poder público”, afirmou Tombini.

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