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Mercado reage mal a acordo e bolsas europeias têm forte queda

Investidores desconfiam de eficácia do novo plano e volatilidade impera nesta segunda-feira

Por Da Redação
1 ago 2011, 13h34

As principais bolsas europeias, lideradas por Milão e Madri, registraram nesta segunda-feira fortes perdas, afetadas pelo acordo da dívida americana, considerado insuficiente, e pelo indicadores ruins que reavivam os temores sobre a saúde da maior economia mundial. O indicador de atividade industrial dos Estados Unidos, divulgado nesta segunda-feira, caiu para 50,9%, ante 55,3% em junho.

O principal índice da Bolsa de Milão, o FTSE Mib, sofreu uma queda de 3,87%, a 17.720 pontos, enquanto o Ibex 35, da Bolsa de Madri, também perdeu 3,24%, a 9.318,2 pontos. O índice Footsie-100 dos principais papéis da Bolsa de Londres caiu 40,76 pontos, ou 0,70%, a 5.774,43 pontos. Já o DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou o pregão também com uma queda de 2,86%, a 6.953,98 pontos. O CAC 40, principal índice da Bolsa de Paris, perdeu 2,27%, a 3.588,05 pontos.

Apesar do fechamento tumultuado dos pregões europeus, as quedas verificadas nas bolsas dos Estados Unidos são mais brandas. O índice Dow Jones fechou negativo em 0,09%, enquanto os índices Nasdaq e S&P 500 caíam 0,43% e 0,41%, respectivamente. Já na BM&FBovespa, em São Paulo, o Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 0,49%.

Infográfico: o xadrez americano – entenda o que está em jogo nos Estados Unidos

Dia volátil – As bolsas europeias iniciaram o pregão em alta nesta segunda, refletindo o anúncio do presidente Barack Obama, na noite de domingo, que afirmava ter chegado a um acordo para a aprovação de um novo plano de corte de gastos. No entanto, ao longo do dia, a abertura das bolsas americanas no vermelho fez com que os negócios na Europa esfriassem – demonstrando a desconfiança do mercado financeiro diante da eficácia do plano bipartidário que será votado no Congresso americano nesta segunda.

Votação – O Congresso dos Estados Unidos corre contra o tempo para votar o projeto antes do prazo final para que o país seja obrigado a declarar um desastroso calote que levaria o caos à economia mundial. Os parlamentares deverão votar o novo plano acordado no domingo ainda nesta segunda-feira. Dominado pelos democratas, o Senado deve aprovar o projeto – conforme indicou o próprio líder democrata no Senado, Harry Reid, nesta manhã.

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A proposta, porém, deve encontrar certa resistência entre os republicanos mais conservadores na Câmara dos Representantes, de maioria oposicionista. No entanto, segundo o Wall Street Journal, cerca de 35 republicanos deverão votar a favor do plano. São necessários 60 votos, no total, para que haja aprovação.

Cortes – O acordo revelado no domingo e que causou transtorno nos mercados permitirá aumentar em 2,1 trilhões de dólares o teto da dívida do país – o suficiente para chegar a 2013 – e realizar cortes de gastos de 2,5 trilhões em duas etapas. Uma fonte do governo americano, ouvida pela agência France-Presse, disse que os cortes serão no setor militar e em outros programas, com pelo menos 350 bilhões em cortes no orçamento de Defesa nos próximos 10 anos.

Ao apresentar os termos do acordo, o alto funcionário disse que Obama e os líderes do Congresso estabeleceram “quase” 1 trilhão de dólares em cortes a serem aprovados imediatamente para os próximos 10 anos. Uma comissão integrada igualmente por republicanos e democratas terá depois a tarefa de recomendar cortes de mais 1,5 trilhão para 23 de novembro, e o Congresso deverá aprová-los para 23 de dezembro.

Se o Congresso não votar para essa data, cortes pelo mesmo valor entrarão em vigor automaticamente em 2013, divididos igualmente entre Defesa e não-Defesa. A fonte da Casa Branca disse que a Segurança Social e o Medicare, programa de saúde para os idosos, não serão afetados pelos cortes automáticos.

Tema em foco: A crise da dívida americana

Risco de rebaixamento – Mesmo se evitar uma moratória (default), os Estados Unidos ainda podem perder o rating AAA se as agências – Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch – considerarem que o plano não vai suficientemente longe para aliviar os desafios fiscais de longo prazo que o governo enfrenta.

Dados os processos políticos envolvidos, as agências podem adiar a avaliação sobre os ratings dos Estados Unidos até depois do Dia de Ação de Graças, em novembro, para verificar as recomendações do comitê bipartidário especial que será criado de acordo com o plano aprovado ontem.

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