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Defesa do pai de Bernardo quer tirar delegada do caso

Advogado diz que caso deve ser investigado por delegacia da cidade onde corpo foi encontrado, Frederico Westphalen, e lá também deve correr processo

Por Felipe Frazão 22 abr 2014, 20h15

A defesa do médico Leandro Boldrini, preso no interior do Rio Grande do Sul por suspeita de participação no assassinato do filho Bernardo, de 11 anos, quer que o caso passe a ser investigado pela delegacia de Frederico Westphalen (RS), cidade onde o menino foi assassinado. Na prática, a mudança tiraria a investigação das mãos da delegada Caroline Bamberg Machado, que conduz o inquérito em Três Passos (RS) desde que Boldrini deu queixa sobre o desaparecimento do filho. A família mora em Três Passos.

O advogado Jader Marques, defensor do pai do menino, disse nesta terça-feira ao site de VEJA que protocolou na Justiça um questionamento sobre a competência do juiz de Três Passos para atuar no caso. O criminalista diz que pretende “evitar a possível nulidade” de atos da Justiça solicitados pela equipe da Polícia Civil comandada por Caroline. “A própria polícia de Frederico Westphalen tem que fazer esse processo”, disse Marques. “A delegacia com competência é aquela onde se processará a futura ação penal.”

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Mesmo que a investigação seja deslocada da delegacia de Três Passos, as provas e depoimentos obtidos pela polícia local devem ser aproveitadas pelo delegado de Frederico Westphalen num futuro indiciamento dos suspeitos. O artigo 70 do Código de Processo Penal prevê que a competência para atuar no processo penal é do juiz da comarca onde o crime ocorreu. Pela regra, a atribuição para investigar também seria da delegacia da área.

A delegada Caroline afirma que o menino foi assassinado em Frederico Westphalen, com base no depoimento da assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da madrasta de Bernardo. Ela confessou ter participado do assassinato de Bernardo em troca de uma recompensa em dinheiro oferecida pela madrasta do garoto, a enfermeira Graciele Boldrini. Edelvania disse que Graciele dopou o menino e depois aplicou uma injeção letal nele. Ambas estão presas temporariamente, assim como Leandro Boldrini.

Última a depor, Graciele falou à polícia nesta segunda-feira, na cadeia. Segundo a delegada Caroline, a madrasta estava “tranquila”. A delegada não revelou, porém, o conteúdo do depoimento, nem se Graciele negou participação no homicídio. A delegada deve indiciar os três suspeitos presos em até trinta dias. A polícia ainda busca provas que apontem o papel desempenhado por Leandro Boldrini na morte do filho. O advogado esteve com o pai de Bernardo na prisão e diz que ele é inocente.

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