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Zohran Mamdani tem vitória certificada e será candidato democrata a prefeito de Nova York

Reviravolta sobre ex-governador podem ter impactos no nível nacional da política dos Estados Unidos

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jul 2025, 14h50

O socialista democrata Zohran Mamdani teve sua vitória nas primárias do partido para prefeito de Nova York certificada nesta terça-feira, 1, consolidando uma reviravolta que pode ter impactos no nível nacional da política dos Estados Unidos. Segundo ele, seu estilo de campanha e posições na extrema esquerda do espectro político podem ser aplicadas em qualquer lugar dos EUA para eleger democratas.

Como Mamdani não havia conquistado a maioria dos votos de primeira escolha, foi necessária uma tabulação dos votos de preferência, divulgada nesta terça, para que ele tivesse mais de 50% dos votos necessários para vencer — o deputado estadual do Queens ficou com 56%, à frente do ex-governador Andrew Cuomo, que teve 44%, apesar de ser um rosto mais conhecido (e muito bem financiado).

Mamdani, um muçulmano socialista, foi um sopro de renovação em relação a Cuomo, que apostou numa plataforma centrista apoiada pela maior parte do establishment do Partido Democrata. Em entrevista à emissora MSNBC, a estrela em ascensão da política americana argumentou que sua campanha populista – com foco na desigualdade e promessas radicais em relação à redução dos aluguéis, alimentação e transporte público gratuito – poderia ser implementada em qualquer lugar dos Estados Unidos, enquanto os democratas tentam combater Donald Trump e seu movimento MAGA (“faça a América grande novamente”).

“Acredito que, em última análise, esta é uma campanha sobre desigualdade, e você não precisa morar na cidade mais cara do país para ter vivenciado essa desigualdade, porque é uma questão nacional. E o que os americanos de costa a costa buscam são pessoas que lutem por eles, que não apenas acreditem nas coisas que ressoam em suas vidas, mas que realmente lutem e concretizem essas mesmas coisas”, disse ele.

Mamdani acrescentou: “Acredito que, ao focarmos nos trabalhadores e em suas lutas, também retornamos ao que faz tantos de nós nos orgulharmos de sermos democratas em primeiro lugar.”

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Mensagem eficaz

Mamdani – que teve o apoio dos colegas socialistas Bernie Sanders, senador por Vermont, e da congressista nova-iorquina Alexandria Ocasio-Cortez – fez uma campanha híbrida entre o presencial e o digital, com uma força-tarefa batendo de porta em porta para encontrar eleitores e uma estratégia de redes sociais altamente eficaz.

Um forte contraste com Cuomo, que contava com milhões de dólares de doadores ricos e o apoio de figurões do partido, incluindo Bill Clinton e o congressista da Carolina do Sul, Jim Clyburn, e que apostou numa campanha focada em eventos mais encenados. Durante todo o processo, porém, ele foi perseguido pelas mesmas acusações por assédio sexual que o levaram a ser destituído do governo do estado de Nova York quatro anos antes. Também não pegou bem a sensação de que o político estava usando a campanha para prefeito para ressuscitar sua própria carreira, ao invés de traçar planos específicos para cidade que pretendia liderar.

“Encontramos a maneira correta de derrotar o dinheiro organizado, que são pessoas organizadas. Estamos falando de uma escala de campanha que não víamos nesta cidade há muito tempo”, relatou Mamdani à MSNBC. “Em última análise, acreditamos em uma política sem necessidade de tradução, que fale diretamente às lutas da vida dos trabalhadores e também seja aplicada diretamente. E não há nada mais direto do que um nova-iorquino batendo à porta de outro nova-iorquino.”

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Agora, ele será o candidato do Partido Democrata na eleição para prefeito e, dada a forte preferência dos eleitores de Nova York pelo partido, tudo indica que ele ganhará o cargo.

Porém, Cuomo sinalizou que ainda pode concorrer como candidato independente. E o atual prefeito, Eric Adams, eleito como democrata, também participará do pleito como independente – apesar de não ter muita perspectiva de vitória. Sua popularidade despencou devido, em parte, a acusações de corrupção e sua recente aproximação com Trump.

No canto oposto do ringue estará o candidato do Partido Republicano, Curtis Sliwa, um podcaster de direita que fundou a organização beneficente Guardian Angels, focada em segurança nas ruas. Caso o favoritismo de Mamdani se confirme, ele se tornaria o primeiro prefeito muçulmano de Nova York.

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