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Zelensky rejeita visita de chefe da ONU, que foi a cúpula do Brics na Rússia

Decisão vem poucos dias após Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia criticar visita de António Guterres a Kazan, cidade russa onde ocorreu o encontro

Por Redação Atualizado em 25 out 2024, 17h02 - Publicado em 25 out 2024, 16h51

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rejeitou uma visita de António Guterres a Kiev, depois do secretário-geral das Nações Unidas ter viajado a Kazan, na Rússia, para a 16ª Cúpula do Brics, nesta semana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 25, pela agência de notícias AFP, com base em depoimento de um funcionário do alto escalão do governo ucraniano.

“Depois de Kazan, (o secretário-geral) queria vir para a Ucrânia, mas o presidente não confirmou sua visita (…) pela humilhação da razão e do direito internacional em Kazan”, disse a fonte à AFP.

A decisão acontece poucos dias após o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia criticar a ida de Guterres a Kazan. Em publicação no X, antigo Twitter, a pasta destacou que o “Secretário-Geral das Nações Unidas recusou o convite da Ucrânia para a primeira Cúpula da Paz Global na Suíça”, realizada em junho deste ano. Na época, representantes do órgão internacional compareceram ao encontro em seu lugar.

O evento na Suíça reuniu 90 países, sem convite à Rússia. Isso levou Moscou a definir a cúpula como uma “manifestação de fraude dos anglo-saxões e seus fantoches ucranianos”. Em contrapartida, o post do Ministério frisou que Guterres “aceitou o convite para Kazan do criminoso de guerra (Vladimir) Putin”, referindo-se ao presidente russo.

“Esta é uma escolha errada que não avança a causa da paz. Ela só prejudica a reputação da ONU”, acrescentou a publicação.

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https://twitter.com/MFA_Ukraine/status/1848463278126551123

Esta foi a primeira cúpula do Brics desde sua expansão, em 2023, e o maior encontro internacional organizado por Putin desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia se juntaram a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no início deste ano. O grupo representa 45% da população mundial e 35% de sua economia, com base na paridade do poder de compra (PPI), sendo a China responsável por mais da metade de seu poder econômico.

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Críticas à declaração final do Brics

Com o término da reunião, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano criticou em comunicado nesta quarta-feira, 23, o parágrafo 36 da declaração final do Brics, “no qual seus participantes apenas relembraram suas posições nacionais, seu comprometimento com os propósitos e princípios da Carta da ONU, bem como com a solução pacífica e a diplomacia”. O texto também afirmou que Moscou tentou usar o evento “para dividir o mundo”.

“Acreditamos que este texto realmente mostra que a Rússia falhou em exportar para os participantes da cúpula do Brics suas visões neoimperialistas sobre a mudança da ordem mundial e da arquitetura de segurança global por meio de sua agressão à Ucrânia”, pontuou o comunicado.

“A declaração demonstrou que o Brics, como uma associação, não tem uma posição única sobre a agressão russa contra a Ucrânia. Estamos convencidos de que isso se deve ao apoio da vasta maioria desses países aos propósitos e princípios da Carta da ONU, como também declarado na declaração. Tal apoio é incompatível com o apoio à agressão ou mudança de fronteiras pela força e, portanto, incompatível com o apoio à Rússia e sua guerra de agressão contra a Ucrânia”, acrescentou o texto.

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