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Zelensky fala em discutir adesão à Otan com Biden após se reunir com Trump

Presidente eleito dos EUA pediu 'cessar-fogo imediato' na Ucrânia ao se encontrar com o líder do país em Paris; Biden deixa a Casa Branca em 20 de janeiro

Por Redação 9 dez 2024, 10h26

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira, 9, que pretende telefonar “nos próximos dias” para o atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, para discutir a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O anúncio ocorreu após o líder de Kiev se reunir com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que será empossado em 20 de janeiro, em Paris, onde o republicano pediu um “cessar-fogo imediato” entre Rússia e Ucrânia.

“Pretendo ligar para o presidente Biden nos próximos dias para discutir a questão de um convite para ingressar na Otan”, disse Zelensky em uma entrevista coletiva a lado do líder da oposição alemã, Friedrich Merz, que foi a Kiev em meio à crise política que balança o governo da Alemanha e deve derrubar o chanceler, Olaf Scholz.

(Biden) é o atual presidente e muito depende de sua opinião. Discutir isso com Trump antes que ele tome posse não faz muito sentido”, acrescentou o ucraniano.

Reunião com Trump

A fala ocorreu depois de Zelensky se reunir com o presidente eleito dos Estados Unidos em Paris, onde os dois estavam para a reabertura de Notre-Dame após o incêndio que destruiu a catedral cinco anos atrás. Depois do encontro, Trump pediu um “cessar-fogo imediato” entre Rússia e Ucrânia, alegando que Kiev “gostaria de fazer um acordo” para encerrar a guerra.

“Deve haver um cessar-fogo imediato e as negociações devem começar. Muitas vidas estão sendo desperdiçadas desnecessariamente, muitas famílias destruídas”, disse o republicano no domingo 8, em uma postagem na sua rede social, a Truth, depois do líder ucraniano afirmar que a guerra matou 43 mil soldados ucranianos e feriu outros 370 mil (do lado russo, 198 militares teriam perdido a vida e outros 550 mil tiveram ferimentos).

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“Eu conheço bem Vladimir (Putin). Este é o momento dele de agir. A China pode ajudar. O mundo está esperando!”, acrescentou. “Zelensky e a Ucrânia gostariam de fazer um acordo e acabar com a loucura.”

Garantias

Mediada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, a reunião com Trump foi descrita como “construtiva” por Zelensky, mas ele não deu mais detalhes. Alertou apenas que a Ucrânia precisa de uma “paz justa e robusta, que os russos não destruirão em poucos anos”.

“Quando falamos sobre uma paz efetiva com a Rússia, devemos falar primeiro sobre garantias efetivas. Os ucranianos querem a paz mais do que qualquer outra pessoa. A Rússia trouxe a guerra para nossa terra”, ele disse no domingo, em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram.

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+ Biden autoriza Ucrânia a atacar Rússia com mísseis de longo alcance dos EUA

No governo ucraniano, há uma resignação crescente de que, enquanto o exército luta para conter a Rússia na linha de frente, algum tipo de negociação será necessária em breve. Em especial com a ascensão de Trump, que durante a campanha criticou duramente as doações militares americanas a Kiev – e disse à emissora americana NBC no domingo que a Ucrânia “possivelmente” receberá menos ajuda militar quando ele assumir o cargo, alegando que era injusto os Estados Unidos contribuírem mais com a defesa do aliado do que a Europa. Mas teme-se que, sem garantias sólidas de segurança do Ocidente, um cessar-fogo não tenha sentido.

A força aérea ucraniana disse na segunda-feira que a Rússia lançou dois mísseis de cruzeiro Kh-59/69 e 37 drones para atacar a Ucrânia durante a noite. Dos 37 drones, a força aérea abateu 18 e “perdeu” 18, provavelmente devido à guerra eletrônica. A força aérea também abateu os dois mísseis lançados no ataque, disse a força aérea.

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