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Xi diz que ninguém pode parar ‘reunião de família’ entre Pequim e Taiwan

Líder chinês se encontrou na capital chinesa com ex-presidente taiwanês e falou sobre interferências externas

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h24 - Publicado em 10 abr 2024, 11h49

O presidente da China, Xi Jinping, disse em conversa com o ex-presidente taiwanês Ma Ying-jeou nesta quarta-feira, 10, que a “reunião familiar” entre os dois territórios separados pelo Estreio de Taiwan não poderia ser impedida por interferências externas.

“Não há rancor que não possa ser resolvido, não há problema que não possa ser discutido e não há força que possa nos separar”, disse Xi.

Ao contrário da atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, Ma apoia laços mais estreitos com Pequim, que considera a ilha parte de seu território. O ex-presidente esteve no poder entre 2008 e 2016 e já havia se encontrado com Xi para uma cúpula história em 2015 em Singapura.

No ano passado, ele foi o primeiro ex-líder taiwanês a visitar a Pequim e agora está em sua segunda viagem à capital chinesa, onde foi recebido no Grande Salão do Povo. Durante a reunião, Xi afirmou que os cidadãos dos dois lados do Estreio de Taiwan são chineses.

“A interfna não pode impedir a tendência histórica de reunificação do país e da família”, disse Xi, em comentários divulgados pela mídia taiwanesa.

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Independência da ilha

Apesar de Taiwan ter eleições independentes, Constituição própria, moeda nacional e outras características de uma nação independente, a China vê a ilha como uma província rebelde e rejeita a separação entre os territórios. A ilha recebe apoio de diversas nações ocidentais, incluindo os Estados Unidos, o que é motivo de preocupação para a China.

Assim como a China não reconhece o governo taiwanês, Taiwan não reconhece o governo chinês. Por isso, durante o encontro com Ma, Xi se referiu ao ex-presidente como “Sr. Ma Ying-jeou”, não mencionando seu título político. Ma chamou o presidente chinês de chefe do Partido Comunista.

O governo de Taiwan rejeita todas as reivindicações da China sobre a sua suposta soberania sobre o território da ilha. Tanto o Partido Democrático Progressista, que está atualmente no poder, como o maior partido da oposição, o Kuomintang, defendem que apenas o povo taiwanês pode decidir o seu futuro.

Pequim ofereceu a Taipei um modelo de autonomia que seguiria a fórmula de “um país, dois sistemas”, mas nenhum dos principais partidos taiwaneses apoiou essa ideia. Song reiterou o apoio do governo chinês à solução, enquanto rejeitou sua oposição à independência formal de Taiwan ou à “interferência de forças externas” – referindo-se a aliados como Estados Unidos e Japão.

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O princípio de “um país, dois sistemas” é o mesmo que se aplica sobre a administração governamental de Hong Kong e de Macau: apesar da prática do socialismo na China continental, as antigas colônias do Reino Unido e de Portugal, respectivamente, poderiam continuar a praticar o capitalismo sob um alto nível de autonomia por 50 anos após a reunificação.

Hong Kong, no entanto, foi alvo de uma lei de segurança nacional chinesa em 2020, que efetivamente colocou a cidade sob domínio completo de Pequim – um sinal de alerta para os taiwaneses.

As tensões em Taiwan aumentaram acentuadamente nos últimos anos, bem como na Ásia Oriental, com crescimento das as mobilizações militares. No começo do ano, o Ministério da Defesa taiwanês comunicou que suas forças armadas aumentariam o número de exercícios com mísseis neste ano, além de um aumento de 7,2% dos gastos com defesa neste ano.

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