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Wuhan encerra o confinamento após 2 meses e tenta retomar as atividades

Berço da pandemia de coronavírus, ninguém estava autorizado a entrar na cidade até este sábado, com exceção de profissionais da saúde e trabalhadores

Por AFP 28 mar 2020, 09h48

A cidade chinesa de Wuhan, origem do novo coronavírus, abre-se progressivamente ao mundo após dois meses de isolamento quase total, mas as pessoas que chegam à localidade continuam sendo cuidadosamente examinadas por funcionários que usam trajes de proteção integral. De maneira simbólica, o primeiro trem de passageiros autorizados desde o início do confinamento chegou pouco depois da meia-noite deste sábado, 28, à estação de Wuhan. A imagem foi exibida em toda a imprensa local.

A bordo estavam dezenas de habitantes da cidade que ficaram bloqueados em outras regiões desde o fim de janeiro, quando as autoridades decretaram uma quarentena para frenar a epidemia. “Minha filha e eu ficamos emocionadas quando o trem se aproximou de Wuhan”, disse uma mulher de 36 anos, que preferiu não revelar o nome. Devido ao confinamento, ela não via o marido há 10 semanas. Uma eternidade para sua filha. “Ao vê-lo, ela correu para o pai e eu não consegui evitar o choro”, afirmou.

Até este sábado, ninguém estava autorizado a entrar na cidade, com exceção de profissionais da saúde e trabalhadores responsáveis pelo transporte de produtos de primeira necessidade. Mas desde quarta-feira as autoridades estão retirando progressivamente as restrições. O metrô de Wuhan voltou a operar neste sábado e os ônibus estão novamente nas ruas, mas alguns centros comerciais continuam fechados. E os moradores ainda usam máscaras e evitam os locais com muitas pessoas.

A reabertura é paulatina e parcial. Os habitantes terão que esperar até 8 de abril para sair de Wuhan, data em que os aeroportos da cidade serão reabertos. E os que desejam entrar na cidade são cuidadosamente examinados: medição de temperatura, controle de identidade e perguntas sobre os deslocamentos anteriores. Também devem apresentar no smartphone um código QR, que serve como salvo-conduto e certifica se as pessoas estão “saudáveis”. Todo o processo acontece diante de funcionários que usam máscaras, óculos de proteção e traje integral.

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Contaminados e mortos

Apesar dos controles exaustivos, longas filas de passageiros foram registradas para o embarque a Wuhan na estação de Xangai, a 830 km de distância. “Há mais de dois meses não volto a Wuhan, tenho a impressão de que estou retornando do exterior”, comentou Gao Xuesong, que trabalha no setor de automóveis.

Os primeiros casos de coronavírus foram registrados em dezembro em Wuhan. E a cidade paga um preço elevado por esta epidemia, com mais de 50.000 pessoas contaminadas e mais mortos que qualquer outra cidade na China. Um total de 2.538 vítimas fatais, de acordo com o balanço oficial.

Neste sábado, três mortes foram anunciadas pelas autoridades de saúde, mas os trágicos balanços dos primeiros dias da epidemia registraram uma queda espetacular nas últimas semanas. Na sexta-feira, uma fonte do governo local afirmou que Wuhan é considerada agora uma zona de “baixo risco”. A situação contrasta com o cenário do fim de janeiro, quando, em plena epidemia, longas filas de pacientes eram observadas diante dos hospitais saturados. Apesar do retorno progressivo à normalidade, as autoridades de Wuhan recomendam aos cidadãos que evitem deslocamentos desnecessários que poderiam favorecer a propagação do vírus.

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