Vídeo: Incêndios em Israel queimam casas, fazem feridos e viram emergência nacional
Aeronaves de combate da Croácia, França, Itália, Romênia e Espanha devem ajudar nas operações para controlar as chamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou estado de emergência nacional nesta quarta-feira, 30, após fortes incêndios florestais atingirem o país. Centenas de pessoas tiveram de deixar as suas casas para fugir das chamas, ao passo que a rede de televisão mais assistida de Israel, o Canal 12, teve que interromper a transmissão em seu estúdio durante um boletim de notícias.
Os ventos fortes levaram ao alastramento dos incêndios, o que impediu a realização de cerimônias que marcam o 77º aniversário do Dia da Independência do país, cuja data oficial é 14 de maio. Um ensaio pré-gravado de uma cerimônia de acendimento de tochas foi exibido para substituir um dos eventos. Segundo o jornal The Times of Israel, a noite de quarta-feira foi “surreal e tensa” em razão de “algum dos piores incêndios florestais de sua história”.
O Exército israelense informou que “durante a noite, dezenas de veículos de engenharia começaram a operar em todo o país para formar linhas e impedir que o fogo se alastrasse para outras árvores” e que “A IAF (Força Aérea de Israel, na sigla em inglês) continua auxiliando nos esforços para extinguir os incêndios”. Ao menos 163 equipes de solo e 12 aeronaves foram mobilizadas. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que aviões de combate a incêndios da Croácia, França, Itália, Romênia e Espanha devem ajudar nas operações.
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O serviço de resgate médico de Israel disse que 23 pessoas foram atendidas ainda na quarta-feira, a maioria por inalação de fumaça e queimaduras. Além disso, cerca de 17 bombeiros ficaram feridos, de acordo com a emissora pública Kan. Testemunhas relataram ao jornal britânico The Guardian que “paredes de chamas” assolavam a floresta a oeste de Jerusalém, ainda que a situação tenha melhorado nesta quinta-feira, 1, já que os ventos diminuíram e uma chuva leve caiu.
Em discurso, o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que os incêndios fazem “parte de uma crise climática que não devemos ignorar”. O aniversário já tem sido marcado por polêmicas, uma vez que ministros do governo foram vaiados pela dificuldade de trazer de volta os reféns do grupo palestino radical Hamas, em cárcere em Gaza desde os ataques de 7 de outubro de 2017. No início da semana, ativistas de direita também atacaram uma sinagoga, que realizava um evento memorial conjunto árabe-israelense.