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Venezuela impede suposta invasão de ‘mercenários terroristas’

Grupo teria vindo da Colômbia e entrado no país por via marítima; governo de Maduro acusa Juan Guaidó de contratar empresa dos EUA para invadir país

Por Da Redação
Atualizado em 4 Maio 2020, 20h28 - Publicado em 4 Maio 2020, 20h08

Venezuela informou nesta segunda-feira, 4, ter impedido uma invasão de “mercenários terroristas” que tentaram entrar no país um dia antes, pilotando lanchas vindas da vizinha Colômbia. O presidente da Assembleia Constituinte e braço-direito do ditador Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, informou que oito pessoas foram mortas e duas detidas na operação.

O ministro do Interior venezuelano, Néstor Reverol, disse que as forças de segurança do país feriram e “abateram” pessoas que desembarcaram perto da cidade de La Guaíra, a 32 quilômetros de Caracas. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que uma lancha havia afundado e navios militares estavam procurando sobreviventes na costa.

“Um grupo de terroristas mercenários procedentes da Colômbia tentou realizar uma invasão pelo mar, para cometer atentados terroristas no país e assassinar os líderes do governo revolucionário”, disse Reverol.

A Colômbia descreveu a afirmação do governo como infundada, segundo a emissora BBC. A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a nação vizinha no ano passado. Críticos do regime do ditador Nicolás Maduro acreditam que o episódio, na verdade, não foi uma invasão estrangeira e será usado como justificativa para intensificar a perseguição à oposição dentro do país. A lancha foi detectada próximo a uma base naval da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), o que aumentou a desconfiança.

Na Venezuela, especula-se que tratou-se de uma operação de contrabando ou narcotráfico. Mas o governo garante ter sido uma tentativa de ataque externo contra Maduro.

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“O objetivo central era matar o presidente da Venezuela”, disse Maduro em uma conferência virtual com o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal). Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o líder chavista informou que o governo vai mostrar evidências da “operação estrangeira”, na qual estariam vinculados os governos dos Estados Unidos e da Colômbia.

Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como líder legítimo da Venezuela, acusou o governo Maduro de tentar distrair as pessoas dos recentes surtos de violência. Na sexta-feira 1, um protesto em favor da adoção de medidas sanitárias contra a pandemia de coronavírus em uma penitenciária deixou mais de 40 mortos. No sábado 2, houve uma batalha de gangues em Caracas.

Nesta segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela respondeu acusando Guaidó de ter contratado “mercenários” para realizar a invasão que o governo Maduro diz ter frustrado, utilizando recursos venezuelanos bloqueados pelos Estados Unidos.

O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, disse que “mercenários contratados” fecharam contratos de 212 milhões de dólares “roubados da estatal petroleira venezuelana PDVSA” e de contas do país que foram bloqueadas por outros países. Saab disse ainda que Guaidó contratou um ex-militar americano, dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA. O líder da oposição negou as acusações, rejeitando qualquer “envolvimento” com qualquer empresa de segurança privada.

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Pressão americana

No início de abril deste ano, o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos dobrou sua presença no mar do Caribe, com o intuito de combater o tráfico de drogas na região – e fazer pressão para a saída de Maduro. A medida foi tomada uma semana após procuradores federais americanos acusarem o ditador da Venezuela de narcoterrorismo e de Washington anunciar uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.

O Departamento de Estado americano apresentou um plano de transição democrática para a Venezuela, como meio de acenar para Maduro com uma via para sua renúncia. O plano prevê a formação de um governo de transição, com a missão de convocar e organizar nova eleição presidencial ainda neste ano.

“Um grupo de terroristas mercenários procedentes da Colômbia tentou realizar uma invasão pelo mar, para cometer atentados terroristas no país e assassinar os líderes do governo revolucionário”, disse Reverol. A Colômbia descreveu a afirmação do governo como infundada, segundo a emissora BBC. A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a nação no ano passado.

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O presidente da Assembleia Constituinte e braço-direito de Maduro, Diosdado Cabello, informou que oito pessoas foram mortas e duas detidas na operação. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse que uma lancha havia afundado e navios militares estavam procurando sobreviventes na costa.

Contudo, críticos do regime do ditador Nicolás Maduro acreditam que o episódio, na verdade, não foi uma invasão estrangeira e será usado como justificativa para intensificar a perseguição à oposição dentro do país. A lancha foi detectada próximo a uma base naval da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), o que aumentou a desconfiança.

Na Venezuela, especula-se a respeito de uma possível operação de contrabando ou narcotráfico. Mas o governo garante que tratou-se de uma tentativa de ataque externo.

“O objetivo central era matar o presidente da Venezuela”, disse Maduro em uma conferência virtual com o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal). Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o líder chavista informou que o governo vai mostrar evidências da operação estrangeira, com a qual ele vinculou os governos dos Estados Unidos e Colômbia.

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Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como líder legítimo da Venezuela, acusou o governo Maduro de tentar distrair as pessoas dos recentes surtos de violência. Na sexta-feira 1, um protesto por medidas sanitárias contra a pandemia de coronavírus em uma penitenciária deixou mais de 40 mortos e no sábado 2, houve uma batalha de gangues em Caracas.

Nesta segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela respondeu acusando Guaidó de ter contratado “mercenários” para realizar a invasão que o governo Maduro diz ter frustrado, utilizando recursos venezuelanos bloqueados pelos Estados Unidos.

O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, disse que “mercenários contratados” fecharam contratos de 212 milhões de dólares “roubados da estatal petroleira venezuelana PDVSA” e de contas do país que foram bloqueadas por outros países.

Saab disse que o opositor de Maduro contratou um ex-militar americano, dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA. Guaidó negou as acusações, rejeitando qualquer “envolvimento” com qualquer empresa de segurança privada.

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Pressão americana

No início de abril deste ano, o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos dobrou sua presença no mar do Caribe, com o intuito de combater o tráfico de drogas na região – e fazer pressão para a saída de Maduro. A medida foi tomada uma semana após procuradores federais americanos acusarem o ditador da Venezuela de narcoterrorismo e de Washington anunciar uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.

O Departamento de Estado americano apresentou um plano de transição democrática para a Venezuela, como meio de acenar para Maduro com uma via para sua renúncia. O plano prevê a formação de um governo interino, com a missão de convocar e organizar nova eleição presidencial ainda neste ano.

(Com Reuters e AFP)

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