Venezuela afirma que Equador derrotou plano de ‘imperialistas’
Em suas redes sociais, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, considerou o resultado das eleições como uma 'vitória heroica'
O presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou nesta segunda-feira que a eleição do governista Lenín Moreno como presidente do Equador representa uma derrota aos planos dos “países imperialistas”. Segundo o comunicado oficial, a vitória de Moreno é uma “rejeição às mentiras do imperialismo e de seus aliados nacionais, que buscam (…) a restauração conservadora e a consequente reposição do neoliberalismo” na região.
O governo da Venezuela ressaltou que a vitória da esquerda equatoriana consolida “o modelo solidário e humanista para a construção de uma pátria soberana, independente, livre e de paz”.
O posicionamento de Maduro acontece em meio à crise política e econômica da Venezuela. Na última semana, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) havia retirado a imunidade dos parlamentares e assumido as funções do legislativo, no que foi qualificado como um autogolpe de Maduro para assumir o controle total do país. No sábado, diante da pressão nacional e internacional, Maduro recuou e solicitou que o TSJ revisasse as sentenças.
“O povo equatoriano provocou uma perda estratégica de alcance continental nos poderes fáticos que, dirigidos a partir do Departamento de Estado, novamente fracassaram em sua tentativa obsessiva de desestabilizar os governos progressistas da região”, afirmou a chancelaria venezuelana em comunicado.
Na noite de domingo, o presidente venezuelano parabenizou Moreno em suas redes sociais, e considerou a eleição do presidente do Equador como uma “vitória heroica”.
Durante sua campanha, o candidato da oposição, banqueiro de direita Guillermo Lasso, ventilou a ideia de que o “continuísmo” da chamada “revolução cidadã” do presidente, em fim de mandato, Rafael Correa levaria o Equador a um colapso econômico como o da Venezuela. Lasso impugnará os resultados das eleições por supostas “pretensões de fraude”.
Com 98,96% dos votos, o ex-vice-presidente de Correa obteria 51,16% dos votos válidos, contra os 48,84% de Lasso.
(Com agência AFP)