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Venezuela acusa EUA de ‘roubo flagrante’ por confisco de segundo avião do governo

Aeronave foi apreendida por Washington na República Dominica por supostas violações das leis de controle de exportação e de sanções dos EUA

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 fev 2025, 15h32

A Venezuela acusou nesta sexta-feira, 7, os Estados Unidos de “roubo flagrante” pelo confisco de uma aeronave venezuelana por supostas violações das leis de controle de exportação e de sanções dos EUA. Na véspera, o avião foi apreendido pelo governo americano na República Dominicana, tornando-se o segundo veículo de Caracas a ser retido por Washington em cinco meses.

“A Venezuela denuncia ao mundo o roubo flagrante de uma aeronave de propriedade da nação venezuelana, realizado por ordem do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio”, disse o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.

O governo venezuelano definiu o confisco como um “ataque” e prometeu tomar “as medidas necessárias”. A nota também afirmou que o episódio revela que Rubio “nada mais é do que um criminoso disfarçado de político, que usa sua posição para saquear” a Venezuela, acrescentando: “Seu ódio o torna um criminoso internacional, capaz de violar qualquer lei para prejudicar nosso país”.

Sob controle da República Dominicana desde o ano passado, a retenção do Dassault Falcon 2000EX pelos EUA foi anunciada por Rubio na noite desta quinta-feira, 6, durante visita ao país. No X, antigo Twitter, ele escreveu que a apreensão da aeronave, supostamente “usada para fugir das sanções dos EUA e lavagem de dinheiro”, é um exemplo da “determinação [do governo do presidente Donald Trump] em responsabilizar o regime ilegítimo de [Nicolás] Maduro por suas ações ilegais”.

“Com a República Dominicana e nossos parceiros regionais, continuaremos a neutralizar qualquer esquema para fugir das sanções dos EUA”, concluiu o secretário de Defesa dos EUA.

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Uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA apontou que o veículo era usado pela petroleira estatal venezuelana, a PDVSA. A compra teria ocorrido em 2017, em território americano, e o avião teria sido exportado em seguida para a Venezuela. Segundo a investigação, a aeronave era “inspecionada e consertada em diversas ocasiões usando peças dos EUA”, o que representaria uma violação flagrante às leis de controle de exportação e sanções de Washington.

+ EUA apreendem avião presidencial de Maduro e pressão sobre ditadura aumenta

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Caso anterior

Os Estados Unidos apreenderam o avião presidencial de Maduro por violações de sanções e leis de controle de exportação em setembro do ano passado, também na República Dominicana. Segundo o então procurador-geral americano, Merrick Garland, o avião foi”comprado ilegalmente por US$ 13 milhões” (cerca de R$ 72 milhões na cotação atual) para ser utilizada por “Nicolás Maduro e seus comparsas”.

O modelo Dassault Falcon 900EX, usado pelo ditador para visitas de Estado ao exterior, teria sido comprado por meio de uma empresa de fachada no Caribe e, então, contrabandeado para fora dos Estados Unidos em abril de 2023, violando as sanções do país contra a Venezuela.

Um oficial americano, sob condição de anonimato, afirmou à emissora americana CNN que a apreensão de um avião de um chefe de Estado estrangeiro por questões criminais “é algo inédito” e que envia “uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções dos Estados Unidos”.

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