Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Unicef alerta para aumento no uso de crianças como arma de guerra

Casos de recrutamento de soldados infantis e menores usados em bombardeios suicidas aumentaram em 2017

Por Diana Lott Atualizado em 28 dez 2017, 17h18 - Publicado em 28 dez 2017, 16h27

Crianças presas em zonas de conflito estão cada vez mais sendo usadas como armas de guerra, alertou o Unicef. Em uma retrospectiva dos principais acontecimentos do ano, o fundo da ONU que defende direitos de crianças e adolescentes de todo o mundo afirmou que “crianças foram deliberadamente atacadas em vários conflitos: foram usadas como escudos-humanos, mortas, mutiladas e recrutadas”. Além de muitas vezes serem alvos diretos de ataques militares, houve um aumento dos casos de recrutamento de soldados infantis, assim como de crianças usadas em bombardeios suicidas.

Segundo o comunicado publicado nesta quinta-feira, 2017 foi um ano “devastador” para crianças presas em zonas de conflito. O Unicef destacou a situação de países como Iraque, Síria, IêmenSudão do Sul, Nigéria, Congo, Ucrânia e Mianmar.

Crianças foram “atacadas em espaços onde deveriam estar seguras — em suas casas, escolas, em hospitais e parques”, afirmou o fundo. O Unicef também alertou para o fato de que, mesmo quando não são alvos diretos dos conflitos, as crianças são especialmente vulneráveis à degradação das condições de vida nessas regiões e são as primeiras vítimas de doenças contagiosas e da falta de comida e água.

Iêmen

Criança com malnutrida no Iêmen
Mulher segura seu filho em um centro de tratamento contra desnutrição de um hospital em Sanaa, no Iêmen – 24/07/2017 (Khaled Abdullah/Reuters)

“2017 foi um ano horrível para as crianças do Iêmen” afirmou a representante da Unicef no país, Meritxell Relaño, à agência de notícias das Nações Unidas. O país vive uma complexa guerra desde 2015 que causou uma dos maiores desastres humanitários das últimas décadas.

Apenas durante o mês de dezembro, mais de 80 crianças foram mortas ou feridas, segundo a agência. Outras milhões de crianças sofrem com a epidemia de cólera, a falta de alimentos, a interrupção dos serviços de saúde e bloqueios militares que impedem a entrega de suprimentos por agências humanitárias.

Continua após a publicidade

Relaño relatou um encontro com uma muher e seu filho de sete anos que estava à beira da morte em um hospital na cidade de Aden. “Ele era pele e osso. Eu perguntei porque eles não tinham procurado o hospital antes, e ela respondeu que ela não tinha dinheiro para a passagem de ônibus. O nível de pobreza que as família atingiram é insustentável”, afirmou.

Em outubro de 2016, a foto de Saida Ahmad Baghili chocou o mundo. Sofrendo de desnutrição severa, a menina de 18 anos não aparentava sua idade.

Mianmar

Desde 25 de agosto, mais de 655 mil pessoas cruzaram a fronteira com Bangladesh fugindo de operações militares direcionadas à minoria muçulmana rohingya.

Continua após a publicidade

ONGs de direitos humanos denunciaram a realização de uma limpeza étnica em Mianmar, que tem maioria budista e não reconhece os rohingya como cidadãos birmaneses. A ONU já comparou a conduta do exército do país à prática de genocídio.

Casos de estupros, assassinatos em massa e destruição de vilarejos inteiros foram registrados no estado de Rakhine, que faz fronteira com Bangladesh.

Estima-se que a maior parte dos refugiados sejam mulheres e crianças.

Sudão do Sul

Imagens do dia - Deslocados do Sudão do Sul chegam à fronteira com Uganda
Criança deslocada depois de fugir nos conflitos no Sudão do Sul é fotografada na cidade de Lamwo na fronteira norte de Uganda – 05/04/2017 (James Akena/Reuters)
Continua após a publicidade

Depois de décadas de guerra civil, a nação conseguiu a independência do Sudão em 2011. Mas em 2013, o presidente do país acusou o vice de tentar um golpe.A disputa política se transoformou em uma guerra sem precedentes entre as duas maiores etnias da região: os dinkas e os nuers.

Mais de 1,7 milhão de sudaneses foram obrigados a buscar refúgio em países vizinhos — a grande maioria deles são mulheres e crianças. Em agosto, a vizinha Uganda chegou a marca de um milhão de sudaneses refugiados em seu território. Segundo o jornal inglês The Guardian, mais de dezenove mil crianças foram recrutadas por grupos armados no Sudão do Sul desde 2013.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.