União Europeia anuncia novas sanções contra a Rússia com foco em petróleo e cripto
Medidas atingem petroleiras, instituições financeiras e empresas que ajudam Moscou a contornar restrições impostas desde a invasão à Ucrânia
A Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira, 19, um novo e abrangente pacote de sanções contra a Rússia, mirando refinarias, venda de petróleo, empresas petroquímicas e países terceiros, incluindo a China e a Índia. A iniciativa é a 19ª desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, e visa pressionar economicamente que Moscou se junte à mesa de negociações de paz.
“Podemos confirmar que a Comissão adotou um novo pacote de sanções contra a Rússia”, afirmou a porta-voz Paula Pinho. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, se reuniu com a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, para delinear as propostas. “Temos como alvo refinarias, comerciantes de petróleo, empresas petroquímicas e países terceiros, incluindo a China”, disse Von der Leyen, durante coletiva de imprensa.
O pacote também reforça restrições ao setor de energia: o preço do petróleo russo, por exemplo, terá teto de US$ 47,60. Empresas como Rosneft e Gazpromneft passam a ter proibição total de transações, além do congelamento de ativos de outras companhias. Espera-se ainda que a União Europeia antecipe para o final de 2026 a proibição de importação de GNL russo.
Além disso, o pacote inclui novas medidas financeiras. Pela primeira vez, plataformas de criptomoedas entram na mira da UE, com proibição de transações em moedas digitais. Bancos estrangeiros conectados a sistemas de pagamento alternativos russos e entidades localizadas em zonas econômicas especiais também terão restrições.
“A Rússia demonstrou toda a extensão do seu desprezo pela diplomacia e pelo direito internacional”, afirmou von der Leyen, citando ataques aos escritórios da UE em Kiev e a violação do espaço aéreo polonês e romeno por drones.
“Nos últimos três anos, a receita de petróleo da Rússia na Europa caiu 90%”, disse von der Leyen. A pressão econômica continua crescente: juros em 17%, inflação elevada e acesso a financiamentos em queda.
Apesar das sanções, as medidas mais eficazes dependem de ações dos EUA, que têm negociado com a UE a adoção de restrições mais severas. O presidente Donald Trump afirmou que apoiaria sanções “importantes” se os países da Otan reduzissem sua dependência do petróleo russo, embora na prática alguns países, como Turquia, Hungria e Eslováquia, resistam a encontrar fornecedores alternativos.
O pacote agora precisa ser aprovado pelos 27 países-membros da UE nas próximas semanas, reforçando a determinação do bloco em manter pressão econômica sobre Moscou e buscar uma solução negociada para o conflito na Ucrânia.
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