UE recomenda que cidadãos tenham kit de sobrevivência de 72 horas para situações de crise
Comissão Europeia apresentou plano de preparação contra potenciais crises futuras, que vão desde desastres naturais até ataques externos

A Comissão Europeia apresentou nesta quarta-feira, 26, sua Estratégia de Preparação da União, um plano de preparação contra potenciais crises futuras, que vão desde desastres naturais e acidentes industriais até ataques externos. A nova estratégia apela para que todos os cidadãos europeus tenham em casa um kit de sobrevivência de 72 horas para enfrentar qualquer possível crise.
O novo plano tem como objetivo melhorar os sistemas de alerta precoce para garantir o funcionamento de serviços essenciais, como assistência médica e água potável. “Em caso de interrupções extremas, o período inicial é o mais crítico”, diz o documento.
“Na UE, precisamos pensar diferente, porque as ameaças são diferentes. Precisamos pensar maior, porque as ameaças também são maiores”, disse Hadja Lahbib, comissária de ajuda humanitária e gestão de crises. “Prontos para tudo — esse deve ser nosso novo estilo de vida europeu”.
A preparação “não é apenas sobre potenciais conflitos causados pelo homem”, disse a vice-presidente executiva da Comissão, Roxana Mînzatu. “É sobre como reagimos às enchentes; vimos o que aconteceu na Espanha”, disse sobre o país europeu, que sofreu com inundações que deixaram centenas de mortos.
Mînzatu ainda acrescentou que muitas pessoas não sabem o que fazer diante de desastres naturais. “Todos esses tipos de crises exigem um conjunto de habilidades básicas, algum entendimento e conhecimento sobre o que fazer primeiro”, disse ela.
Diversos Estados-membros da UE já possuem medidas de emergência para situações de crise. A França, por exemplo, pede que seus cidadãos tenham um kit de sobrevivência de 72 horas que inclui comida, água, medicamentos, um rádio portátil, uma lanterna, baterias extras, carregadores, dinheiro, cópias de documentos importantes, entre outros itens.
No entanto, o plano da Comissão visa integrar as medidas de prevenção entre os 27 países que fazem parte do bloco para garantir que “todos, em diferentes níveis, tenham, por assim dizer, um manual sobre o que fazer quando as sirenes dispararem”, disse um funcionário da UE ao jornal britânico The Guardian.