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Ucrânia ataca Rússia pela primeira vez com mísseis fabricados no Reino Unido

Uso de projéteis britânicos ocorre um dia após Kiev utilizar armas de longo alcance dos Estados Unidos para atacar o território russo

Por Da Redação
20 nov 2024, 18h36

Pela primeira vez desde o início da guerra, em 2022, a Ucrânia atacou a Rússia com mísseis Storm Shadow, fabricados no Reino Unido, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal britânico The Guardian. O ataque, que teria ocorrido nesta quarta-feira, 20, segue a utilização, também pela primeira vez, de mísseis ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, para atingir alvos russos na região de Bryansk.

Moscou considera o uso de armamentos ocidentais dentro de seu território uma provocação grave, interpretando-o como um envolvimento direto da Otan, a principal aliança militar ocidental, no conflito.

O Reino Unido aprovou o uso de seus mísseis em território russo após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter autorizado a utilização dos mísseis americanos. A decisão de liberar o emprego desses armamentos foi impulsionada pelo recente aumento da presença militar na fronteira russa com a Ucrânia, incluindo o envio de mais de 10 mil soldados norte-coreanos para a região.

Os britânicos Storm Shadow são mísseis de cruzeiro de longo alcance (cerca de 250 km), projetados para atacar com precisão alvos estratégicos, como bunkers e depósitos de munição. Até agora, esses mísseis haviam sido usados em ataques contra posições russas na Crimeia, incluindo o quartel-general naval da frota russa no Mar Negro.

De acordo com vídeos compartilhados nas redes sociais e divulgados por fontes pró-Rússia, vistos pelo The Guardian, até 12 mísseis Storm Shadow teriam atingido um alvo na vila de Maryno, onde estaria um centro de comando russo. A mídia ucraniana especula que o local poderia ser utilizado por oficiais norte-coreanos e russos.

Embora o governo britânico ainda não tenha confirmado oficialmente o ataque, o secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, mencionou a intensificação das ações militares da Ucrânia, apontando mudanças nas estratégias e na retórica do país.

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