Turista brasileira é vítima de estupro coletivo na Índia; 3 são presos
Ataque ocorreu no no distrito de Dumka, onde a mulher e seu marido espanhol pararam para acampar

Uma turista de dupla nacionalidade brasileira e espanhola foi vítima de um estupro coletivo na Índia, na última sexta-feira, 1º, de acordo com informações da polícia ao jornal Times of India. Três suspeitos de participação no crime foram presos.
O ataque ocorreu na Dumka, no estado oriental de Jharkhand, onde a mulher e seu marido de nacionalidade espanhola pararam para acampar. O casal viaja de moto pelo mundo. De acordo com o jornal The Times of India, a mulher estava com o marido quando 8 a 10 pessoas a interceptaram e a arrastaram para um lugar isolado. O site americano Daily Beast disse que o casal descreveu a agressão em um vídeo publicado em suas redes sociais —as imagens não estão mais disponíveis. Na publicação postada na conta do casal no Instagram, e excluído em seguida, a mulher relata em espanhol que foi atacada por sete homens.
Após ser violentada, a brasileira conseguiu entrar em contato com uma patrulha policial por volta das 23h (horário local) e foi levada a um hospital. Em seguida, o casal fez a denúncia do crime para as autoridades policiais. Os suspeitos foram identificados e três deles foram presos no sábado. VEJA entrou em contato com a Embaixada do Brasil em Nova Dheli para mais informações sobre as investigações e o estado de saúde da vítima, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
No X (antigo Twitter), a representação espanhola compartilhou mensagem relacionada ao caso, em que agradece o apoio recebido. “Precisamos seguir unidos no nosso compromisso de eliminar a violência contra a mulher em todo o mundo”, diz a breve publicação deste domingo, sem mais mais detalhes ou esclarecimentos sobre o caso envolvendo os cidadãos espanhóis.
Violência contra a mulher
Em 2022, a Índia registrou uma média de 90 estupros diários, segundo informações do escritório nacional de registros criminais. Muitos dos casos, porém, não são denunciados pelas vítimas devido ao estigma que muitas delas sofrem e à falta de confiança na polícia.
Em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada teve repercussão mundial.