Tufão Mangkhut atinge ilhas no norte das Filipinas
Tempestade provoca rajadas de vento de até 250 quilômetros por hora e pode causar ondas gigantescas, segundo previsões
O supertufão Mangkhut atingiu as Filipinas nesta sexta-feira (início de sábado, 15, no local) como ameça às 4 milhões de pessoas que vivem na região. A tempestade tocou o solo do país no norte das ilhas Luzon, com ventos de 255 km/h, o que a coloca na categoria de maior força (5) de furacões/tufões.
Segundo as autoridades locais, milhões de pessoas estão em risco. A agência meteorológica do governo filipino emitiu um alerta 4, o segundo mais elevado para o caso de tempestades. O Centro de Alerta Conjunto de Tufões informou que as ondas podem alcançar 16 metros ao atingir as praias.
“Dentre todos os tufões deste ano, este é o mais forte, os ventos que o acompanham são os mais violentos”, afirmou o meteorologista Hiroshi Ishibara, da agência de Meteorologia do Japão, ao jornal francês Le Figaro. “As casas poderão ser destruídas, sobretudo as feitas de material mais leve, que são inúmeras nas zonas costeiras.”
Ao contrário do que aconteceu com o furacão Florence, que abateu hoje a costa leste dos Estados Unidos como uma tempestade tropical, o tufão Mangkhut tornou-se mais forte ao alcançar a ilha de Luzon. “Nossas principais preocupações são os deslizamentos de terra e a destruição de infraestrutura”, afirmou Junie Cua, governador da província de Quirino, em Luzon.
Segundo o Conselho de Nacional de Redução e Gestão de Risco em Desastres das Filipinas, por volta de 5,2 milhões de pessoas vivem no raio de mais de 125 quilômetros que deve ser atingido no país pelo Mangkhut.
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Segundo a Agência Meteorológica do país (Pagasa, sigla em inglês), essas áreas podem esperar que os ventos destruam edifícios e árvores, além de provocar suspensão do fornecimento de energia elétrica. Muitas partes das ilhas também correm riscos de inundações.
Os meteorologistas estimam que o tufão tenha mais de 900 quilômetros de diâmetro e pode cobrir toda a parte norte e central da ilha principal de Luzon. Combinado com as chuvas de monções sazonais, suas consequências podem ser ainda mais graves.
Mais de 9.000 pessoas foram transferidas para abrigos temporários à medida em que o Mangkhut, conhecido localmente como Ompong, se aproximava das províncias produtoras de arroz e milho de Cagayan e Isabela, nas ilhas Luzon.
Meteorologistas advertiram sobre o risco de ondas destrutivas de até 6 metros atingirem vilarejos no caminho do tufão. “Meu pedido é que precisamos prestar atenção nas recomendações das autoridades. Fiquem dentro de casa”, disse o assessor presidencial Francis Tolentino, principal coordenador do governo para desastres.
O governo filipino mobilizou, por enquanto, cerca de 30 milhões de dólares para emergência.
Além das Filipinas, o tufão já passou pelo território americano de Guam, no Pacífico, onde causou enchentes e cortes de energia. A tempestade também deve passar diretamente por Hong Kong e Macau, na China, até o próximo domingo, 16.
Taiwan também emitiu nesta sexta-feira um alerta marítimo em razão da proximidade do tufão, que deve passar pelas águas do sul da ilha, em direção a China, segundo informações do Centro Meteorológico Central.
Os meteorologistas esperam que a tempestade tropical se aproxime de Taiwan no sábado e que seu raio de 300 quilômetros provoque fortes chuvas no sul da ilha e afete os mares a sudeste do país com ventos e ondas.