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Trump seria condenado se não fosse eleito, diz relatório de promotor especial dos EUA

Documento foi divulgado na madrugada desta terça-feira

Por Da Redação
14 jan 2025, 11h22

O promotor especial que acusou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar se manter no poder após perder a eleição de 2020, afirmou em relatório visto pelo jornal The New York Times e divulgado na madrugada desta terça-feira, 14, que evidências eram suficientes para condenar o republicano em um julgamento caso ele não tivesse sido eleito.

“A visão do Departamento de Justiça de que a Constituição proíbe acontinuidade do indiciamento e da acusação de um presidenteé categórica e não depende da gravidade dos crimes imputados, da força das provas do governo ou dos méritos da acusação, que o escritório respalda plenamente”, escreveu o promotor, Jack Smith. “Não fosse a eleição de Trump e seu iminente retorno à Presidência, o escritório avaliou que as provas admissíveis seriam suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento”.

Muitas das evidências citadas no relatório foram tornadas públicas anteriormente. O documento, no entanto, inclui alguns novos detalhes, como o fato de que os promotores consideraram acusar Trump de incitar o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA sob uma lei  conhecida como Insurrection Act, segundo a agência de notícias Reuters. Os promotores concluíram que tal acusação representava riscos legais e não havia evidências suficientes de que Trump pretendia o “escopo total” da violência durante o motim, uma tentativa fracassada de uma multidão de seus apoiadores de impedir o Congresso de certificar a eleição de 2020.

Sob o indiciamento, Trump seria acusado de conspirar para obstruir a certificação eleitoral, fraudar os Estados Unidos de resultados eleitorais precisos e privar os eleitores americanos de seus direitos de voto. O gabinete de Smith determinou que as acusações podem ter sido justificadas contra alguns conspiradores acusados ​​de ajudar Trump a executar o plano, mas o relatório disse que os promotores não chegaram a nenhuma conclusão final.

O Departamento de Justiça entregou o documento, que representa metade do relatório final, ao Congresso pouco depois da meia-noite desta terça-feira. Durante a semana, antes da entrega, advogados de Trump que receberam uma cópia preliminar denunciaram o que chamaram de “tentativa de ataque político com propósito único de perturbar a transição presidencial”.

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Na madrugada, depois da divulgação do texto, Trump insistiu na tese de que a acusação é política e chamou Smith de “desequilibrado”.

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“Jack Smith foi incapaz de processar com sucesso o oponente político de seu ‘chefe’, Joe Biden, o Desonesto, então ele termina escrevendo outro ‘relatório’ baseado em informações de um grupo de políticos corruptos”, escreveu o republicano nas redes sociais. “Jack é um promotor incompetente que não conseguiu levar seu caso a julgamento antes da eleição, que eu ganhei por esmagadora maioria. OS ELEITORES FALARAM!”.

Smith renunciou ao cargo no último fim de semana, dias depois de abandonar os casos ligados a Trump, citando uma regra do Departamento de Justiça contra processar presidentes em exercício. O presidente eleito já havia dito que o demitiria assim que assumisse o cargo e chegou a sugerir que investigaria Smith e outras pessoas que conduziram investigações contra ele.

Smith estava no cargo desde 2022, quase dois anos anos após o ataque ao Capitólio, em Washington. Antes, ele estava trabalhando em Haia, em casos de crimes de guerra do Kosovo, onde obteve a condenação de Salih Mustafa, ex-comandante do Exército de Libertação do país.

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