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Trump planeja revogar status legal de 240.000 ucranianos que fugiram da guerra para os EUA

Reversão das proteções já estaria em andamento antes mesmo da briga pública com Zelensky, segundo agência Reuters

Por Caio Saad SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 6 mar 2025, 16h32 - Publicado em 6 mar 2025, 14h48

US President Donald Trump speaks during signing of executive orders at his Mar-a-Lago resort in Palm Beach, Florida, on February 18, 2025. (Photo by ROBERTO SCHMIDT / AFP) — O presidente dos EUA, Donald Trump. 18/02/2025 - (Roberto Schmidt/AFP)

O governo de Donald Trump planeja revogar o status legal temporário de cerca de 240.000 ucranianos que fugiram da guerra com a Rússia para os Estados Unidos, disseram fontes do governo ligadas ao assunto à agência de notícias Reuters, nesta quinta-feira 6. A medida pode ser aplicada já em abril e representa uma mudança brusca em relação à recepção de ucranianos durante o governo de Joe Biden.

A reversão das proteções para ucranianos já estaria em andamento antes mesmo da briga pública entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada, segundo a Reuters. O movimento seria parte de esforços mais amplos do governo para retirar o status legal de mais de 1,8 milhão de migrantes que receberam autorização para entrar nos EUA sob programas humanitários lançados durante o governo Biden.

Em publicação nas redes sociais, no entanto, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que “nenhuma decisão foi tomada até o momento” sobre o assunto.

Em decreto assinado em janeiro, Trump ordenou que o Departamento de Segurança Interna “encerrasse todos os programas” do gênero. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o governo planeja revogar o status de 530.000 cubanos, haitianos, venezuelanos e nicaraguenses ainda neste mês.

Um mês depois, em fevereiro, Trump assinou outro decreto, desta vez cortando benefícios sociais para imigrantes em situação irregular no país, descrevendo-os como uso impróprio de dinheiro do contribuinte. Ele também exige que departamentos e agências não apoiem políticas de “santuário” – rótulo geralmente aplicado a estados ou cidades que impõem limites à cooperação com o governo federal para deportar pessoas em situação irregular.