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Trump pediu a Comey que encerrasse investigação sobre Flynn

Segundo o New York Times o presidente americano tentou influenciar diretamente as investigações do FBI sobre as relações com a Rússia

Por Da redação
16 Maio 2017, 20h15

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu no último mês de fevereiro que o então diretor do FBI, James Comey, pusesse fim a uma investigação sobre a relação com a Rússia do ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, informou nesta terça-feira o jornal The New York Times.

A solicitação está contida em um documento que Comey escreveu para relatar o que tinha falado com Trump. O jornal relatou que não teve acesso direto ao documento, mas um dos assistentes do agora ex-diretor do FBI leu parte do texto.

“Espero que possa deixar isto passar”, disse Trump a Comey, segundo o texto divulgado pelo jornal. “É um bom sujeito”, acrescentou o governante.

Flynn, um general aposentado que tinha assumido como assessor de segurança nacional do governo quando Trump chegou à Casa Branca em 20 de janeiro e renunciou no dia 13 de fevereiro em meio a um escândalo por ocultar seus contatos com representantes do Kremlin.

Flynn saiu do governo por ocultar a natureza das conversas que teve com o embaixador russo, Sergei Kislyak. Também se soube que recebeu dezenas de milhares de dólares de três empresas russas, incluindo a emissora de televisão RT, por discursos ou palestras que fez pouco antes de se juntar à campanha eleitoral de Trump.

Por sua vez, Comey foi demitido por Trump na terça-feira passada, em princípio por seu papel nas investigações que tinha realizado pelo polêmico uso de e-mails de um servidor privado por parte da ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton.

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Pouco depois dessa versão oficial, Trump disse que tinha demitido Comey por considerar que era um “fanfarrão” e porque o FBI há muito tempo era “um descontrole”.

Segundo o New York Times, o pedido de Trump a Comey para que desistisse da investigação contra Flynn representa a “mais clara evidência” de que o presidente tentou influenciar as investigações realizadas pelo FBI e pelo Departamento de Justiça sobre os nexos com a Rússia de seus assessores.

A reunião entre Trump e Comey mencionada pelo jornal aconteceu um dia depois de Flynn apresentar sua renúncia, segundo duas fontes que leram o memorando com os detalhes do encontro.

Segundo o jornal, Comey não se comprometeu a nada, embora tenha concordado que Flynn “é um bom sujeito”.

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Após saber desta versão, um comunicado da Casa Branca negou. De acordo com a nota oficial, Trump “nunca pediu ao Sr. Comey nem a ninguém que pusesse fim à investigação” que afeta Flynn e a nenhuma outra.

“O presidente tem o máximo respeito pela aplicação da lei das agências governamentais e por todas as investigações”, afirma a nota, que sustenta que a versão do jornal “não é uma representação verídica nem exata” da conversa entre Trump e Comey.

(com EFE)

 

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