Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Trump ordena que Censo dos EUA pare de contar imigrantes ilegais

Historicamente, base de dados contabiliza todos os residentes, independentemente do status de cidadania

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 ago 2025, 17h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 7, que planeja realizar um novo Censo que exclua imigrantes em situação irregular. A proposta pode alterar significativamente a distribuição de poder político no país, já que a base de dados define o número de cadeiras no Congresso e os votos no Colégio Eleitoral — responsáveis pela escolha do presidente.

“Pessoas que estão ilegalmente em nosso país NÃO SERÃO CONTADAS NO CENSO”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social, em letras maiúsculas. A ordem foi direcionada ao Departamento de Comércio, responsável pelo Escritório do Censo. Por lei, a contagem é feita a cada dez anos. A próxima está prevista para 2030. Não está claro se o republicano pretende antecipar o levantamento ou apenas modificar suas regras.

A Constituição americana determina que o Censo inclua todas as pessoas residentes no país, independentemente da situação migratória. Durante seu primeiro mandato, Trump tentou incluir uma pergunta sobre cidadania no questionário de 2020, mas a proposta foi barrada pela Suprema Corte.

A nova ofensiva faz parte de um esforço mais amplo do Partido Republicano para reduzir a influência política de estados com grandes populações de imigrantes, como Califórnia, Texas, Flórida e Nova York. Ignorar completamente os imigrantes sem documentação poderia favorecer politicamente os republicanos, ao reduzir o peso eleitoral de estados majoritariamente democratas.

Segundo o Instituto de Políticas Migratórias, os EUA abrigavam 47,8 milhões de imigrantes em 2023, dos quais quase 75% estavam legalmente no país. Ainda assim, a presença dos que vivem sem documentação impacta diretamente na contagem populacional. Dados do Pew Research Center indicam que, se esses grupos fossem desconsiderados no último Censo, estados como a Califórnia teriam perdido ao menos uma cadeira no Congresso.

O anúncio também ocorre em meio a uma ofensiva republicana no Texas para redesenhar os distritos eleitorais com foco nas eleições legislativas de 2026. Aliado de Trump, o senador Bill Hagerty, do Tennessee, tem pressionado por regras que considerem apenas cidadãos americanos na contagem populacional. Em junho, ele reapresentou a chamada Lei de Representação Igualitária, com apoio de 18 senadores republicanos, que propõe excluir não cidadãos das estatísticas usadas para traçar os mapas eleitorais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.

abrir rewarded popup