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Trump e Putin conversam por uma hora sobre Ucrânia, mas ninguém cede e impasse estica

Trata-se da sexta ligação pública entre os dois desde o retorno do republicano à Casa Branca, em 20 de janeiro

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jul 2025, 16h01

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, conversaram nesta quinta-feira, 3, sobre o futuro da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. O telefonema, no entanto, não parece ter sido produtivo: de um lado, o republicano apelou para uma trégua temporária entre os dois lados do confronto; do outro, o russo reforçou a necessidade de resolver “causas profundas” do conflito para avançar com as negociações.

O termo usado por Moscou se refere à demanda russa de que a Ucrânia desista de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental. Putin também exige o fim de parte das sanções contra a Rússia, disseram três fontes familiarizadas com o assunto à agência de notícia Reuters.

Trata-se da sexta ligação pública entre Trump e Putin desde o retorno do republicano à Casa Branca, em 20 de janeiro. A relação entre os dois tem sido turbulenta, marcada por vai-e-vens. O governo Trump mostra uma postura diferente gestão anterior, de Joe Biden, em relação à guerra e apostou na reaproximação com o líder russo, o que irritou a Ucrânia e aliados europeus. Mas a retomada dos laços não tem sido tranquila, com o presidente dos EUA tendo dito anteriormente que Putin estava “louco”.

Em meio às mudanças no tabuleiro bélico, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tenta encontrar espaço para chacoalhar o jogo e retomar o antes sólido apoio americano ao seu país. Após o telefonema de Trump e Putin, o ucraniano afirmou que espera participar de uma ligação com o americano nesta sexta-feira, 4, sobre a pausa dos EUA no envio de armas a Kiev.

+ EUA suspendem envio de armas e sistemas de defesa para Ucrânia

Recuo dos EUA

Na véspera, os Estados Unidos suspenderam o envio de armas, munições e sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, reportaram as emissoras americanas CNN e PBS e o jornal britânico The Guardian. De acordo com a Casa Branca, a decisão foi tomada para “colocar os interesses americanos em primeiro lugar”, em meio a especulações de que os estoques estão em baixa – em parte devido à assistência militar da administração Trump a Israel durante doze dias de guerra aérea com o Irã.

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A decisão gerou alarme em Kiev. Sistemas de defesa tornaram-se ainda mais essenciais enquanto ataques de mísseis e drones da Rússia aumentaram em frequência e intensidade desde o início do ano. No último final de semana, 477 drones e 60 mísseis foram lançados contra a Ucrânia, o maior ataque aéreo noturno desde o início da guerra, de acordo com a Força Aérea do país. Um relatório das Nações Unidas divulgado na segunda-feira 30 indicou que 986 civis perderam a vida e 4.807 ficaram feridos entre dezembro de 2024 a de maio de 2025 — um aumento de 37% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia informou ter convocado o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, John Ginkel, para uma reunião com a vice-ministra das Relações Exteriores, Mariana Betsa, para discutir a assistência militar americana e a contínua campanha russa de ataques aéreos.

“O lado ucraniano enfatizou que qualquer atraso ou procrastinação no apoio às capacidades de defesa da Ucrânia apenas encorajará o agressor a continuar a guerra e o terror, em vez de buscar a paz”, afirmou o ministério.

 

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