Trump diz que suspensão de envio de inteligência à Ucrânia está ‘quase’ encerrada
Suspensão foi anunciada na semana passada, depois de Washington cessar envio de ajuda militar como forma de pressionar Volodymyr Zelensky

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo, 9, que os Estados Unidos “quase” encerraram a suspensão do compartilhamento de dados e informações da inteligência à Ucrânia. A pausa foi anunciada na semana passada pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, pouco depois de o governo americano cessar os envios de ajuda militar para pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a cooperar com o governo Trump e seus planos para encerrar a guerra do país com a Rússia.
Questionado se ele consideraria encerrar a suspensão, Trump disse: “Nós quase acabamos. Nós quase acabamos”.
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Na próxima terça-feira, 11, autoridades americanas vão se reunir com uma delegação ucraniana na Arábia Saudita. Autoridades americanas disseram que planejavam usar a reunião, em parte, para determinar se Kiev está disposta a fazer concessões materiais à Rússia para acabar com a guerra. Uma reportagem da emissora americana NBC News afirmou que o presidente dos Estados Unidos quer que a Ucrânia ceda território (os russos ocupam cerca de 20% do país) e convoque novas eleições (não houve o pleito marcado para o ano passado porque o país se encontra em estado de guerra).
O enviado especial de Trump para a guerra na Ucrânia, Steve Witkoff, disse que a ideia principal da reunião de terça será “estabelecer uma estrutura para um acordo de paz e também um cessar-fogo inicial”.
Zelensky pediu uma trégua no ar (com o fim dos bombardeios que viram 1.200 bombas guiadas, 870 drones e mais de 80 mísseis lançados pelos russos só na semana passada) e no mar (para abrir a circulação no Mar Negro, bem como uma troca de prisioneiros, no que ele caracterizou como um teste do comprometimento da Rússia. Moscou rejeitou a ideia de um cessar-fogo temporário, também defendido pelo Reino Unido e pela França, afirmando que isso se resume a uma tentativa de Kiev ganhar tempo para evitar seu colapso militar.
O presidente ucraniano também disse está pronto para assinar o acordo de minerais com os Estados Unidos, do qual recuou após a briga na Casa Branca. Washington afirma que o pacto é crucial garantir seu apoio contínuo.