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Trump diz que os EUA estão ‘muito perto’ de um acordo nuclear com o Irã

O país do Oriente Médio está enriquecendo urânio acima do limite estabelecido pelo acordo nuclear internacional de 2015

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 Maio 2025, 15h16

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira 15 que Washington está “muito perto” de chegar a um acordo nuclear com o Irã, reiterando que o país “não pode ter uma arma nuclear”.

Falando em uma mesa redonda de negócios em Doha, na capital do Catar, o presidente americano declarou que Teerã “meio que” concordou com seus termos para um acordo sobre o programa nuclear iraniano. O país do Oriente Médio está enriquecendo urânio acima do limite estabelecido pelo acordo nuclear internacional de 2015, chegando a níveis próximos aos necessários para produzir armas nucleares.

“Estamos em negociações muito sérias com o Irã para uma paz de longo prazo”, disse Trump.

Após a declaração do republicano, os preços do petróleo caíram cerca de dois dólares nesta quinta-feira, com as expectativas de que um acordo nuclear EUA-Irã poderia resultar na flexibilização das sanções contra a nação árabe e rica na commodity.

Negociações

Várias rodadas de negociações ocorreram entre os Estados Unidos e o Irã, mas a mais recente na capital de Omã, Mascate, no domingo, foi descrita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã como “difícil”.

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Um alto funcionário do governo Trump, por outro lado, deu uma avaliação mais positiva, dizendo à emissora americana CNN que as discussões, que duraram mais de três horas, foram encorajadoras.

Teerã já havia demonstrado disposição a negociar algumas restrições ao seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções impostas pelos Estados Unidos, segundo autoridades iranianas, mas encerrar seu programa de enriquecimento ou entregar seu estoque de urânio enriquecido estão entre as “linhas vermelhas do Irã que não poderiam ser comprometidas” nas negociações.

Durante seu primeiro mandato, em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do Acordo Nuclear que considerava “o pior acordo já feito na história” e restabeleceu sanções econômicas contra o Irã. Teerã, por sua vez, voltou a enriquecer urânio, alegando que os americanos violaram o texto e, portanto, só iriam voltar a cumprir as demandas caso a Casa Branca retirasse as restrições econômicas e cumprisse sua parte.

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Tensão entre presidentes

As discussões nucleares ocorrem em clima de ameaça, uma vez que Trump prometeu bombardear o Irã caso as conversas fracassem.

Após o presidente americano chamar Teerã de “força mais destrutiva” do Oriente Médio na terça-feira, seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que ele “é ingênuo por pensar que pode vir à nossa região, nos ameaçar e esperar que recuemos contra suas demandas”.

“Trump acha que pode nos sancionar e nos ameaçar e depois falar sobre direitos humanos. Todos os crimes e instabilidade regional são causados por eles (os Estados Unidos)”, declarou Pezeshkian.

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Na quarta-feira, Trump repetiu suas ameaças, ponderando que não quer que as negociações nucleares no Irã tomem um “curso violento”.

“Dois caminhos, há apenas dois caminhos. Não há três, quatro ou cinco, há dois. Há um amigável e um não amigável, e o não amigável é um caminho violento, e eu não quero isso. Vou dizer isso na frente. Eu não quero isso, mas eles têm que se mover”, disse o republicano.

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