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Trump diz que não tem planos de demitir presidente do Fed

Durante entrevista ao NBC News, republicano disse que Powell fica na cadeira, mas que pode demiti-lo 'rapidamente' se quiser

Por Isabella Alonso Panho SEGUIR SEGUINDO 4 Maio 2025, 15h46

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que tenha planos para demitir o presidente do Federal Reserve System, o FED, órgão equivalente ao Banco Central americano, mas afirmou que poderia fazê-lo a qualquer momento se quisesse. O republicano tem pressionado Jerome Powell a reduzir a taxa de juros e feito críticas públicas duras ao presidente do órgão, cujo mandato termina em maio de 2026.

“Ele (o FED) deveria abaixá-la (a taxa de juros). E, em algum momento, irá. Ele (Powell) não faz isso por não ser um fã meu. Você sabe, ele não gosta de mim porque eu penso que ele é um completo peso morto. É só uma das questões. Ele deveria abaixá-la. E eu gostaria que as pessoas ao redor o convencessem a abaixar os juros, porque estamos no momento perfeito para isso. Já está ficando tarde”, disse Trump em uma entrevista em vídeo à NBC News publicada neste domingo, 4.

A apresentadora, Kristen Welker, questionou o republicano sobre planos de demitir Powell. “Não irei demiti-lo. Você sabe, eu poderia trocá-lo rapidamente, de todo modo. Em um curto período de tempo”, respondeu Trump. A troca da presidência do FED por razões políticas é considerada inconstitucional pela legislação dos EUA. No entanto, nos bastidores, Trump tem estudado possibilidades para tirar Powell da cadeira. Em outros momentos, Trump já chamou o presidente do FED de “senhor tarde demais” e “perdedor”, mas tem negado publicamente quaisquer planos de tirá-lo da cadeira.

Em outro trecho da entrevista, Trump admitiu que estuda reformas na Constituição estadunidense — o que pode incluir a possibilidade de um terceiro mandato seu, o que hoje é proibido na legislação. Ele disse que “muitas pessoas querem” que ele seja candidato novamente por causa do trabalho que tem feito na presidência até então. Questionado sobre a reeleição, ele respondeu: “direi o seguinte. Muitas pessoas querem que eu me reeleja. Eu nunca recebi tantos pedidos quanto agora. Mas é algo que, até onde sei, não é permitido fazer. Eu não sei se é constitucional ser proibido de fazer isso ou aquilo”.