Trump diz que irá pedir ‘grande investigação’ sobre apoio de celebridades a Kamala Harris
Presidente dos EUA citou nominalmente Bruce Springsteen, Beyoncé, Oprah e Bono Vox, mas diz que 'muitos outros' precisam dar explicações

Em uma publicação repleta de letras maiúsculas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nas redes sociais nesta segunda-feira, 19, que irá pedir uma “grande investigação” sobre apoio de celebridades à ex-vice-presidente Kamala Harris durante a eleição de 2024.
“Candidatos não têm permissão para pagar por APOIOS, que foi o que Kamala fez, sob o pretexto de pagar por entretenimento”, disse. “Este foi um esforço muito caro e desesperado para aumentar artificialmente o público escasso dela. NÃO É LEGAL!”, acrescentou, chamando os vários artistas que se manifestaram em apoio a Harris de “antipatrióticos”.
No texto, ele cita nominalmente Bruce Springsteen, Beyoncé, Oprah e Bono Vox, mas diz que “talvez, muitos outros, tenham muito a explicar”.
O anúncio segue falas de Trump na semana passada contra Springsteen, que apoiou Harris no ano passado e rotulou o atual mandatário como “corrupto, incompetente e traidor” durante um show na Inglaterra. Segundo Trump, o músico é “um cara sem talento”.
Durante sua campanha à Casa Branca, Kamala recebeu um fluxo constante de apoio de celebridades. Beyonce, por exemplo, discursou em um comício em Houston, embora não tenha se apresentado, enquanto Oprah organizou um evento com outros famosos perto de Detroit. Nomes como Arnold Schwarzenegger, LeBron James, George Clooney e Taylor Swift também demonstraram apoio à democrata.
As acusações aumentaram após a eleição, alegando que Harris havia pago as celebridades depois que a campanha pagou US$ 1 milhão à produtora de Oprah. A campanha de Harris negou os pagamentos. Não há nenhuma lei declarando explicitamente que endossos políticos não podem ser pagos, segundo a Comissão Federal Eleitoral americana.
Do lado republicano, Trump também recebeu uma série de celebridades em seus comícios, de Kanye West a Kid Rock, com este último subindo ao palco na Convenção Nacional Republicana e no comício de vitória de Trump na véspera da posse.