Trump diz que invasão do Capitólio foi ‘dia do amor’

Candidato republicano à presidência acumula polêmicas enquanto busca apoio eleitoral

Por Paula Freitas 17 out 2024, 19h38

Polícia tenta impedir invasão ao Capitólio, sem sucesso (AFP/AFP)

O ex-presidente Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos, chamou a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 de “dia do amor” ao ser questionado sobre os eventos daquele dia durante um evento de campanha, realizado nesta quarta-feira, 16, a poucas semanas da eleição.

Dirigindo-se a uma audiência de eleitores latinos, Trump afirmou que os milhares de apoiadores que se dirigiram a Washington o fizeram porque acreditavam que a eleição havia sido fraudada. Ele minimizou a gravidade da situação, insistindo que não havia armas entre seus seguidores.

Na ocasião, os apoiadores de Trump invadiram o Congresso na tentativa de barrar a vitória de Joe Biden, resultando na morte de cinco pessoas. Trump passou anos fazendo falsas alegações de que perdeu a eleição de 2020 devido a uma fraude eleitoral.

Além de desconsiderar os episódios de violência ocorridos em 6 de janeiro, Trump usou o evento para reiterar suas retóricas e compromissos de campanha. Ele voltou a criticar a entrada nos EUA de migrantes em situação irregular, associando-os sem provas ao aumento da criminalidade e do desemprego.

Na reta final da campanha, aumentam os questionamentos a respeito da sanidade mental do republicano.

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O ex-presidente, que enfrenta várias acusações relacionadas a tentativas de reverter sua derrota nas eleições de 2020, também criticou Mike Pence, seu ex-vice-presidente, por não ter seguido suas instruções naquele dia. “Eu discordo totalmente do que ele fez”, afirmou Trump, referindo-se à recusa de Pence em anular a certificação dos votos.

Trump nega irregularidades em sua conduta e afirma ser imune a processos relacionados aos eventos de 2021. Durante a mesma transmissão, ele fez afirmações infundadas sobre imigrantes haitianos, o que gerou controvérsia. As campanhas de Trump e da indicada democrata, Kamala Harris, estão se intensificando à medida que se aproxima a votação de 5 de novembro, com ambos os candidatos fazendo aparições frequentes na mídia.