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Trump diz que Forças Armadas “estão prontas” para revidar Coreia do Norte

Presidente americano deixou porta aberta para retomada do diálogo, mas manterá sanções e ´pressão máxima´ contra Pyongyang

Por Denise Chrispim Marin 24 Maio 2018, 14h10

Logo depois de anunciar o cancelamento de sua reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (24) que as Forças Armadas norte-americanas e os governos do Japão e da Coreia do Sul estão prontos para o caso de a Coreia do Norte tomar quaisquer medidas “tolas e imprudentes”. As forças americanas, sublinhou, “estão prontas”

“Eu falei com a Coreia do Sul e o Japão, e eles não estão apenas prontos para o caso de a Coreia do Norte tomar medidas tolas e imprudentes. Eles também estão dispostos a arcar com boa parte de qualquer custo financeiro, de qualquer custo associado às operações dos Estados Unidos se uma infeliz situação nos forçar a levá-las adiante”, ameaçou.

Trump relatou ter conversado sobre a questão com o general James N. Mattis, secretário de Defesa dos Estados Unidos, e com os comandantes das Forças Armadas e oficiais. Classificou as Forças Armadas como as “mais poderosas em qualquer lugar do mundo”, destacou que elas foram “enormemente aperfeiçoadas recentemente” e concluiu: “estão prontas, se for necessário”.

Em uma tentativa de reduzir a tensão de suas palavras, Trump disse que está “esperando” um sinal de Kim para ambos “se comprometerem com um diálogo e ações construtivas” sobre o processo de paz na Península Coreana e sobre o processo de desnuclearização da Coreia do Norte. Advertiu, porém, que as sanções americanas a Pyongyang continuarão a vigorar até essa retomada de conversas.

“Eu estou esperando. Nesse meio-tempo, nossas sanções muito fortes, de longe as mais poderosas sanções jamais aplicadas, e uma campanha de pressão máxima vão continuar assim como tem continuado”, declarou Trump para a imprensa, na Casa Branca.

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O governo da Coreia do Norte ainda não se manifestou. A Coreia do Sul convocou reunião para tratar o assunto.

Trump deixou a porta aberta para ambos os lados superarem os atritos recentes, que levaram ao cancelamento de um encontro histórico em Singapura em 12 de junho, e reiniciarem as conversas. Deixou claras as suas esperanças de que isso aconteça. “Felizmente, tudo será bem resolvido com a Coreia do Norte. Muitas coisas podem acontecer. Inclusive o fato de que, talvez, seja possível a reunião de cúpula acontecer como prevista ou em um momento depois”, afirmou.

Dizendo-se “desapontado” pelo fato de os planos terem sido cancelados por si mesmo, Trump ressaltou ser necessário alcançar um acordo capaz de trazer uma desnuclearização “completa, verificável e irreversível” da Península Coreana.

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Ainda hoje (24), como parte dos compromissos iniciais assumidos por Pyongyang com a Coreia do Sul, o governo de Kim havia destruído túneis e instalações utilizadas em testes nucleares. Mas os atritos verbais entre a Coreia do Sul tornaram-se cada vez mais destrutivos na última semana.

A vice-ministra de Relações Exteriores do país asiático, Cheo Son Hui, qualificou como “idiotas e estúpidos” os comentários do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, de que .a Coreia do Norte “pode acabar como a Líbia”, onde o líder Muamar Khadafi desmantelou seu programa nuclear em 2003 e acabou morto por rebeldes oito anos depois.

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