Trump diz que espera firmar ‘ótimo acordo’ em reunião com Xi para frear guerra comercial
Bilateral ocorre nesta quinta-feira, 30, na cidade de Busan, na Coreia do Sul, e marca o primeiro encontro entre os dois desde 2019
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, 29, que espera firmar um “ótimo acordo” com o seu homólogo da China, Xi Jinping. A reunião está prevista para esta quinta-feira na cidade de Busan, na Coreia do Sul, e marca o primeiro encontro entre os dois desde 2019 em meio à retomada da guerra comercial — no início do mês, o republicano anunciou que uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses entrará em vigor em 1° de novembro.
“Provavelmente você sabe que o presidente da China está vindo para cá amanhã e nós vamos, eu espero, fazer um acordo. Eu acho que haverá um acordo, e acho que será um ótimo acordo para os dois”, afirmou Trump em um evento às margens da da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Além disso, Trump indicou que um acordo comercial seria “algo muito empolgante para todos” e um “ótimo resultado”. Ele também argumentou que chegar a um consenso “é melhor do que brigar e enfrentar todo tipo de problema”, acrescentando: “Não há motivo para isso”. Em giro de seis dias pela Ásia, o chefe da Casa Branca encontrou-se com Xi pela última vez em 2019, em meio à cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, em Osaka, no Japão.
O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou a reunião, mas não fez menção direta a um possível acordo. Em coletiva, o porta-voz Guo Jiakun, disse que “os dois líderes terão uma comunicação aprofundada sobre questões estratégicas de longo prazo relacionadas às relações China-EUA e sobre os principais assuntos de interesse comum” e adiantou que o governo chinês está disposto a “trabalhar com os Estados Unidos para alcançar resultados positivos nesta reunião, proporcionando uma nova direção e impulso para o desenvolvimento estável das relações” entre os dois países.
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Escalada das tensões
Há quase duas semanas, Trump admitiu que as tarifas de 100% sobre produtos da China não são sustentáveis, mas culpou Pequim pela nova escalada da guerra tarifária. Em declarações anteriores, ele já havia ameaçado impor taxas “massivas” diante da posição da China de controle da exportação de terras raras, que abrigam metais estratégicos.
A China intensificou as restrições sobre a exportação de terras raras, de forma a ampliar a lista de minerais sob controle e estender as limitações à produção dessas substâncias e ao seu uso no exterior, incluindo aplicações militares e em semicondutores.
“Dependendo do que a China disser sobre a ‘ordem’ hostil que eles acabaram de emitir, serei obrigado, como presidente dos Estados Unidos da América, a contra-atacar financeiramente essa medida”, advertiu Trump. “Para cada elemento que eles conseguiram monopolizar, nós temos dois.”
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