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Trump defende retorno da Rússia ao G7: ‘Não teria guerra na Ucrânia’

País foi retirado do antigo G8 em 2014 por anexar ilegalmente a Crimeia, península que pertencia ao mapa da Ucrânia

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jun 2025, 11h08

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira, 16, o retorno da Rússia ao G7, que reúne os países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão). O republicano afirmou que a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, não teria acontecido se a Rússia não tivesse sido retirada do grupo. O país foi expulso do antigo G8 em 2014 por anexar ilegalmente a Crimeia, península que pertencia ao mapa da Ucrânia.

“Você não teria essa guerra”, disse ele, definindo a expulsão como “um grande erro”. “Você sabe que tem seu inimigo na mesa, eu nem considero, ele não era realmente um inimigo naquela época.”

(O ex-presidente Barack) Obama não o queria, e o chefe do seu país não o queria”, afirmou Trump ao primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, em referência ao ex-premiê Justin Trudeau.

O líder americano também rejeitou aplicar novas sanções a Moscou ao argumentar que “custam muito dinheiro aos EUA”, um montante estimado por ele em “bilhões e bilhões de dólares”. Antes da declaração, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, havia adiantado que a UE pediria aos EUA e o restante do G7 que endurecessem as sanções à Rússia e, com isso, reduzisse o limite de compra de petróleo russo de US$ 60 o barril para US$ 45. Para que a medida seja implementada, é preciso que todos países-membros concordem.

+ Trump não assinará declaração do G7 pedindo redução de tensões entre Israel e Irã

Saída antecipada

Mais tarde, a Casa Branca anunciou que Trump deixaria a cúpula do G7, no Canadá, mais cedo “por causa do que está acontecendo no Oriente Médio”, em referência à guerra entre Israel e Irã. Ele só deveria voltar aos EUA na terça, mas deixou o território canadense já nesta segunda, antes da esperada reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Cerca de uma hora antes do anúncio, Trump afirmou em sua rede social, a Truth Social, que “todos deveriam sair de Teerã imediatamente”.

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“O Irã deveria ter assinado o acordo que eu disse para assinarem. Que vergonha e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já disse isso várias vezes! Todos deveriam evacuar Teerã imediatamente!”, escreveu.

+ EUA sobem o tom e suspendem negociações com a Rússia por tempo indeterminado

Negociações empacadas

Ainda nesta segunda-feira, a Rússia disse que os Estados Unidos suspenderam as negociações para normalizar as relações entre os dois países. Na semana passada, a Rússia havia anunciado que as negociações, que ocorrem em paralelo às tratativas sobre o fim da guerra na Ucrânia, seriam transferidas de Istambul, na Turquia, para Moscou.

“A partir de hoje, a próxima reunião no âmbito das consultas bilaterais sobre a eliminação de ‘irritantes’, a fim de normalizar as atividades das missões diplomáticas de ambos os países, foi cancelada por iniciativa dos negociadores americanos”, informou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. “Esperamos que a pausa que eles fizeram não dure muito tempo.”

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Embora negue que as conversas estejam empacadas, o Kremlin citou “muitos bloqueios nas relações bilaterais” entre os dois países, adiantando que as discussões não produziriam resultados rápidos.

 

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