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Trump dá sinais contraditórios e diz que governo de Nicolás Maduro está com ‘dias contados’

Apesar de retórica, presidente americano disse acreditar que EUA não entrarão em guerra com Venezuela

Por Flávio Monteiro
3 nov 2025, 11h44

Em meio a um estado de tensão om a Venezuela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu sinais contraditórios a respeito das ações militares americanas contra o vizinho do sul. Em entrevista à emissora americana CBS, Trump minimizou qualquer possibilidade de uma guerra entre os dois países, mas disse entender que o tempo de Nicolás Maduro como governante está próximo do fim.

“Duvido. Não acho que vá acontecer”, afirmou o republicano ao ser confrontado sobre a possibilidade de um conflito aberto entre Caracas e Washington. Embora tenha sinalizado negativamente, os Estados Unidos vêm mobilizando tropas nas proximidades do litoral venezuelano. Já no que diz respeito a Maduro, questionado se os dias do presidente estavam contados, ele respondeu: “Eu diria que sim”.

Os Estados Unidos fizeram 16 ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico nas últimas semanas. Ao todo, 65 pessoas morreram nas ofensivas contra o que a Casa Branca diz ser navios controlados por narcotraficantes. Washington ainda não apresentou nenhuma prova de suas alegações e as ações militares têm gerado insatisfação nos governos locais.

Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para a região, enquanto o presidente Donald Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na semana passada, o republicano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar Maduro.

+ Novo ataque dos EUA contra barco no Caribe deixa três mortos

Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos na região. O último episódio ocorreu nesta terça-feira, 28, em águas internacionais no Pacífico.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso americano. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos Estados Unidos — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando de fentanil para território americano.  O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população norte-americana e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

Em meio aos ataques, militares do alto escalão envolvidos na ampliação das operações na América Latina precisaram assinar acordos de confidencialidade (NDAs, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Reuters nesta semana. O documento de sigilo é altamente incomum, uma vez que os oficiais já são obrigadas a proteger segredos de segurança nacional.

Três autoridades militares, sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram à Reuters que não há informações oficiais sobre o número de funcionários do Departamento de Guerra dos EUA — como o Departamento de Defesa foi renomeado pelo governo Trump — que foram convidados a assinar os NDAs, nem sobre qual é seu escopo.

 

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