Trump compara ataques dos EUA ao Irã a bomba de Hiroshima: ‘Encerrou a guerra’
Presidente dos EUA insiste que operação foi 'devastadora' para programa nuclear iraniano, apesar de relatório indicando que só atrasou a indústria em 6 meses
Por
SEGUIR
SEGUINDO
25 jun 2025, 07h45
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às margens da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Haia, nesta quarta-feira, 25, traçou uma comparação entre os ataques aéreos americanos a instalações nucleares do Irã ao bombardeio atômico da cidade japonesa de Hiroshima, na II Guerra Mundial, afirmando que ambos episódios “encerraram conflitos”.
“Mas não tivemos sucesso com aquele ataque? Aquele ataque encerrou a guerra. Aquele ataque encerrou a guerra. Não quero usar o exemplo de Hiroshima, não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa que encerrou aquela guerra. Isso encerrou aquela, isso encerrou aquela guerra. Se não tivéssemos eliminado isso, eles estariam lutando agora”, afirmou.
Embora Trump também tenha dito nesta quarta-feira que as informações de inteligência após os ataques às instalações nucleares iranianas eram inconclusivas, ele sugeriu que os danos podem ter sido graves.
“As informações de inteligência foram muito inconclusivas. As informações de inteligência dizem que não sabemos. Pode ter sido muito grave. É o que as informações de inteligência sugerem”, disse ele a repórteres antes de se reunir com líderes mundiais na cúpula da Otan.
“Foi muito grave. Houve destruição”, acrescentou. Nas mesmas declarações, ele disse que o ataque ao Irã foi “devastador”, reiterando suas críticas aos veículos de comunicação que noticiaram que o programa nuclear iraniano não havia sido atrasado mais do que alguns meses.
Um relatório preliminar dos Estados Unidos revelou que os ataques americanos ao Irã isolaram as entradas de duas instalações nucleares, mas não foram capazes de desabar os prédios subterrâneos, informou o jornal The New York Times na terça-feira 24. Com isso, o documento da Agência de Inteligência de Defesa americana aponta que o programa nuclear iraniano teria sido atrasado apenas em alguns meses.
O levantamento também indicou que grande parte do estoque de urânio enriquecido iraniano havia sido transferido para instalações secretas antes dos ataques e que, na verdade, pouco material nuclear foi destruído. Caso esse cenário seja verdadeiro, o Irã ainda teria plena capacidade para produzir uma bomba nuclear em pouco tempo.
Antes da guerra entre Israel e Irã, agências de Inteligência dos EUA alertavam que o programa iraniano poderia fabricar uma bomba nuclear em cerca de três meses caso tentasse apressar o processo de fabricação. Agora, segundo o relatório de cinco páginas, o programa foi adiado em menos de seis meses após os ataques de Washington e Tel Aviv.
Trump insistiu que não é o caso e afirmou que a ajuda dos Estados Unidos foi essencial para Israel.
“Ninguém fala sobre isso. Atiramos trinta Tomahawks (mísseis de cruzeiro) de submarinos – em particular, um submarino que estava a 640 quilômetros de distância – e cada um desses Tomahawks atingiu com precisão de trinta centímetros de onde deveriam atingir, destruindo muitos prédios que Israel não conseguiu alcançar”, disse ele. “Este foi um ataque devastador e os deixou perplexos, e você sabe que, se não tivesse acontecido, eles (os iranianos) não teriam se acalmado”, sustentou.
Copa do Mundo de Clubes: o time brasileiro que pode ser campeão, segundo sites de apostas e a IA
Brasileira Juliana Marins é encontrada morta em vulcão na Indonésia
Onda de frio ganha força: os estados que mais serão afetados nesta terça, 24, segundo o Inmet
Pai de jovem que aguarda resgate na Indonésia fica preso em Lisboa após fechamento do espaço aéreo
PGFN abre renegociação para quem está na dívida ativa da União
ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA