Trump apoia Cuomo para prefeito de Nova York e ameaça cortar verbas se Mamdani vencer
O muçulmano socialista Zohran Mamdani, do Partido Democrata, é o favorito na corrida; Ex-governador de NY, Andrew Cuomo concorre como independente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na noite de segunda-feira 3 seu apoio a Andrew Cuomo na disputa para prefeito de Nova York, pedindo que os eleitores não votem em Zohran Mamdani, do Partido Democrata. O muçulmano e autoproclamado socialista é o favorito na corrida, enquanto Cuomo, ex-governador do estado de Nova York, deixou os democratas para concorrer como independente.
Em publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump exortou eleitores republicanos a apoiarem Cuomo ao invés do candidato de seu partido, Curtis Sliwa, que está em terceiro lugar nas últimas pesquisas, e fez uma ameaça: caso Mamdani vença, Nova York vai sofrer cortes nos repasses do governo federal ao município.
“Goste você ou não de Andrew Cuomo, você realmente não tem escolha. Você deve votar nele e torcer para que ele faça um trabalho fantástico”, escreveu o presidente americano. “Ele é capaz disso, Mamdani não é!”
Verbas federais
Trump já havia dito anteriormente que reduziria ao nível “mínimo” as verbas federais destinadas à sua cidade natal, Nova York, caso Mamdani fosse eleito prefeito, uma ameaça que fez a diversas cidades e estados governados por políticos do Partido Democrata. Em entrevista à emissora americana CBS no domingo, durante a qual se referiu ao candidato democrata como “comunista” — um rótulo que ele rejeita —, ele afirmou que os repasses seriam “desperdiçados” pela gestão de Mamdani.
“Será difícil para mim, como presidente, dar muito dinheiro para Nova York. Porque se você tem um comunista governando Nova York, tudo o que você está fazendo é desperdiçar o dinheiro que está enviando para lá”, ele disse. A cidade recebeu US$ 7,4 bilhões (quase R$ 40 bilhões) em repasses do governo federal neste ano fiscal.
Respondendo aos comentários do chefe da Casa Branca sobre o financiamento, Mamdani disse que “lidaria com essa ameaça pelo que ela é: uma ameaça”. “Não é a lei”, ele frisou.
Cuomo, um crítico de Trump, respondeu ao apoio morno do presidente com pouco entusiasmo: “Ele não está me apoiando. Ele está se opondo a Mamdani.”
Corrida eleitoral
As pesquisas indicam que Mamdani conta com cerca de 45% das intenções de votos, o que o coloca bem à frente de Cuomo, com 30%, e do candidato republicano Sliwa, que tem 15%. Na publicação de segunda-feira, Trump frisou que “um voto em Curtis Sliwa é um voto em Mamdani”.
O democrata, em resposta, afirmou que o apoio do presidente americano a Cuomo reflete não quem Trump acredita que seria o melhor prefeito para Nova York, mas sim quem seria o melhor prefeito para ele próprio e sua agenda política.
Se Mamdani vencer, ele se tornará o primeiro prefeito muçulmano da cidade, e o mais jovem em mais de 100 anos. O deputado estadual de 34 anos chamou Cuomo de “fantoche” e “papagaio” de Trump.
“A resposta para a Presidência de Donald Trump não pode ser criar sua imagem espelhada aqui na Prefeitura”, disse Mamdani na segunda-feira. “Trata-se de criar uma alternativa que possa dialogar com o que os nova-iorquinos tanto anseiam ver em sua própria cidade e com o que encontram em si mesmos e em seus vizinhos todos os dias: uma cidade que acredita na dignidade de todos que chamam este lugar de lar.”
Durante a campanha, Cuomo tentou rebater o apelo da novidade do rival, que o derrotou nas primárias do Partido Democrata, apresentando-se como o único candidato experiente o suficiente para lidar com o governo Trump. Ele foi governador do estado de Nova York durante a pandemia de covid-19, quando entrou em conflito com o presidente republicano em seu primeiro mandato para implementar políticas de saúde pública, como o uso de máscaras, às quais a Casa branca se opunha.
“Eu lutei contra Donald Trump”, atestou ele durante um debate recente antes da votação para prefeito. “Quando estou lutando por Nova York, não vou parar.”
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